Aliado do l�der do PMDB na C�mara, Leonardo Picciani (RJ), o vereador carioca �tila Nunes (PMDB-RJ) deve tomar posse como deputado federal nesta quarta-feira, 6. A posse foi garantida por liminar concedida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, ap�s o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se negar a empossar Nunes. A vinda dele refor�a o apoio � perman�ncia de Picciani � frente da lideran�a do partido.
O parlamentar fluminense, ent�o, entrou com mandado de seguran�a no Supremo, alegando que j� tinha se licenciado do mandato de vereador para assumir como deputado federal. Em sua decis�o, Lewandoski sustentou que, como �tila Nunes assumir� apenas como suplente de deputado, a licen�a do cargo de vereador � suficiente para garantir sua posse na C�mara.
Segundo a Mesa Diretora da Casa, a posse deve ocorrer nesta quarta-feira, 6, em cerim�nia no gabinete de Cunha.
Licen�a
A decis�o do Supremo favor�vel a �tila Nunes foi tomada pelo presidente da Corte no dia 29 de dezembro, um dia depois de o deputado federal Pedro Paulo (PMDB-RJ), tamb�m aliado de Picciani, se licenciar novamente do cargo e voltar para a Secretaria Executiva de Coordena��o de Governo da Prefeitura do Rio. O pol�tico fluminense havia se licenciado do cargo de secret�rio no in�cio de dezembro para voltar � C�mara e apoiar a recondu��o de Picciani ao posto de l�der do PMDB na C�mara.
Al�m de Pedro Paulo, Marco Ant�nio Cabral (PMDB-RJ) se licenciou no in�cio de novembro, de cargo que ocupava no governo do Estado do Rio para retomar o mandato de deputado federal e apoiar a restitui��o de Picciani como l�der do PMDB. Filho do ex-governador fluminense S�rgio Cabral, Marco Ant�nio permanece no mandato. Aliado do Planalto, Picciani afirmou que a ideia era manter os dois na C�mara at� o julgamento do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"O Pedro retornou � secretaria no Rio por conta das obras que a prefeitura est� fazendo na cidade, das quais � coordenador. Como a C�mara estava em recesso, ele preferiu voltar para o Rio, mas, se precisar, pode voltar para C�mara depois do recesso", afirmou Picciani. O l�der ressalta que a sa�da de Pedro Paulo n�o deve trazer preju�zo a sua perman�ncia na lideran�a da sigla, pois o deputado Wilson Beserra (PMDB-RJ), que entrou no lugar dele, tamb�m � seu aliado.
Picciani lembra que, mesmo sem os dois secret�rios, ele j� tinha maioria para retomar a lideran�a da legenda, ap�s ser destitu�do pela ala peemedebista pr�-impeachment, que indicou Leonardo Quint�o (PMDB-MG) para o comando da bancada peemedebista na C�mara. "Com os dois secret�rios, o qu�rum da bancada era de 69 deputados. Tive 36 assinaturas, uma a mais do que precisava. Se tirasse os dois, meu apoio cairia para 34, mas o qu�rum iria para 67, e eu continuaria tendo maioria", explica.