Ap�s a recente briga de listas de apoio, deputados da alas governista e pr�-impeachment do PMDB v�o tentar negociar acordo sobre como se dar� a escolha do novo l�der do partido na C�mara, em fevereiro. Parlamentares dos dois grupos j� concordaram que a elei��o dever� ser feita por meio de vota��o secreta. Eles divergem, no entanto, em rela��o � quantidade de votos necess�rios para definir quem ficar� � frente da lideran�a da sigla na Casa em 2016.
Outro peemedebista da ala pr�-impeachment, o deputado L�cio Vieira Lima (BA) afirma que o grupo deve apoiar a elei��o de um representante da bancada do PMDB de Minas Gerais. De acordo com o parlamentar, Quint�o est� disputando internamente a indica��o com o deputado Newton Cardoso J�nior, tamb�m considerado da ala que prega o rompimento com o governo Dilma Rousseff. "A decis�o ser� l� com a bancada de Minas (atualmente composta por sete deputados)", afirmou Vieira Lima.
Atual l�der do PMDB, Picciani diz que n�o aceitar� a elei��o por voto de 2/3 da bancada. Para o deputado fluminense, a elei��o deve ser secreta, mas o novo l�der deve ser eleito por meio de maioria absoluta (50% mais um) da bancada. "Esse acordo que eles falam foi de boca e previa tamb�m elei��o e que n�o seria feita lista. Eles romperam esse acordo quando fizeram lista (em dezembro) tentando rachar a bancada", afirmou o peemedebista.
A elei��o por maioria absoluta facilita a recondu��o de Picciani. Com o qu�rum atual da bancada do PMDB na C�mara (69 deputados), se prevalecer a tese de maioria absoluta, o peemedebista precisaria de 36 votos para se reeleger. Esse � o mesmo n�mero de assinaturas que conseguiu para ser reconduzido � lideran�a, ap�s sua destitui��o. Com a tese de 2/3 da bancada, ele ter� de conseguir apoio de pelo menos 46 deputados da sigla.
"Se ele est� com medo da vota��o por meio de 2/3 � porque n�o conseguiu unir a bancada", rebate Osmar Terra. L�cio Vieira Lima, por sua vez, afirma que foi Picciani quem primeiro rompeu o acordo aprovado pela maioria da bancada. "Ele come�ou a colher lista em novembro para que n�o houvesse elei��o em fevereiro. Como n�o atingiu os 2/3, n�o apresentou. Ent�o, quem primeiro pegou em armas foi ele", diz.
Vieira Lima tamb�m rebate a alega��o de Picciani de que o acordo foi "de boca". "Um l�der que precisa de documento para cumprir o que foi aprovado por unanimidade pela bancada n�o pode ser um bom l�der", afirmou. "At� porque ele n�o questionou na hora que ficou decidido". Uma reuni�o da bancada do PMDB para discutir a quest�o da quantidade de votos foi marcada para a pr�xima ter�a-feira, 12, em Bras�lia.
"Estamos apostando na conversa para retomar a regra definida em fevereiro do ano passado. Se n�o, vai acabar come�ando a guerra de listas de novo", afirmou Osmar Terra. Atualmente, a ala pr�-impeachment do PMDB n�o consegue reunir apoio sequer da maioria do partido. Isso porque, dos 35 nomes que apoiaram Quint�o em dezembro, pelo menos 7 mudaram de ideia e passaram a apoiar Picciani, ap�s articula��o com apoio do Pal�cio do Planalto.
Picciani tamb�m contou com ajuda do comando do PMDB do Rio, que articulou a volta de aliados que estavam em outros cargos para os mandatos de deputados e a abertura de espa�o para suplentes do partido assumirem mandato, como �tila Nunes. Vereador do Rio licenciado, Nunes tomar� posse nesta quarta-feira, 6, como deputado na vaga deixada por Ezequiel Teixeira (PMB-RJ), nomeado secret�rio de Assist�ncia Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro.