Nas redes, Padilha critica imprensa por 'diz que ouviu falar'

S�o Paulo, 06 - O secret�rio municipal de Sa�de de S�o Paulo, Alexandre Padilha, usou as redes sociais para atacar a divulga��o pela imprensa e apresentar mais uma vez sua vers�o sobre o depoimento do entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, Carlos Alexandre de Souza Rocha - em dela��o premiada, Cear�, como Carlos Alexandre � conhecido, afirmou � Procuradoria-Geral da Rep�blica ter ouvido de Youssef que Padilha ficaria com uma parte da Labogen, laborat�rio adquirido pelo doleiro e usado por ele para tentar fraudar contratos milion�rios no Minist�rio da Sa�de do governo Dilma e enviar dinheiro de forma fraudulenta para o exterior.

Cear� relatou ainda uma conversa que presenciou entre Youssef e o ex-deputado Andr� Vargas, na qual o ex-vice l�der do PT na C�mara afirmou que "est� tudo certo com o ministro". O funcion�rio de Youssef ainda disse � Procuradoria que posteriormente confirmou com o chefe que o ministro citado na conversa com Vargas era o ent�o titular da Sa�de, Alexandre Padilha.

Padilha publicou uma sequ�ncia de posts em sua conta no Twitter. "Sobre as mat�rias que t�m sa�do na imprensa a meu respeito sobre o diz-que-ouviu-falar no caso do laborat�rio", inicia o secret�rio da gest�o Fernando Haddad.

A vers�o do ex-ministro, passada por sua assessoria de imprensa na tarde de ter�a-feira, 5, j� havia sido publicada.

Em uma sequ�ncia de twittes que postou entre as tardes desta ter�a, 5, e da quarta-feira, 6, Padilha afirma ser "absurda e irrespons�vel qualquer tentativa de mais uma vez me vincular ao laborat�rio por meio de 'conversas ouvidas de terceiros' numa dela��o". Ele diz que n�o houve contrato entre a Labogen e o Minist�rio da Sa�de em sua gest�o e ressalta que n�o � investigado pela Lava Jato. Suas argumenta��es foram publicadas tamb�m em sua p�gina no Facebook.

"N�o foi encontrado nenhum v�nculo do meu nome a qualquer irregularidade, mesmo ap�s uma sindic�ncia do minist�rio da Sa�de conclu�da h� quase dois anos". "Uma apura��o conclu�da pela Controladoria Geral da Uni�o e uma investiga��o da Pol�cia Federal. N�o fui arrolado em nenhuma investiga��o suplementar." "Em nenhum momento estive sob investiga��o da Opera��o Lava Jato e sempre defendi e contribu� com a apura��o total de qualquer irregularidade", escreveu.

Padilha destacou ainda que "seria pat�tico, se n�o fosse irrespons�vel" supor e acreditar que "com minhas opini�es e sendo ministro tornaria-me s�cio de qualquer laborat�rio". O secret�rio recebeu mensagens de apoio, como do deputado Vicentinho (PT-SP), e tamb�m cr�ticas e at� ofensas pessoais.

O secret�rio de Haddad critica a atua��o da imprensa que, a seu ver, publicou informa��o "com base em especula��es". "Um jornalismo que se baseia no diz-que-ouviu-falar e noticia com o 'iria' (que n�o foi), poderia (que n�o p�de), ficaria (que n�o ficou) n�o � honesto", escreveu. Em outro twitte, Padilha afirma que "uma not�cia significa responsabilidade com a verdade".