
"� a primeira vez na hist�ria que vejo uma pol�tica sindical epistolar", ironizou o ministro. "Sem apresentar uma proposta e sabendo que a dire��o da Pol�cia Federal j� tinha orienta��o para continuar gastando, como se n�o houvesse corte, a Associa��o preferiu as ep�stolas. Mas cada um cria os factoides que julga necess�rios para atender suas reivindica��es salariais", disse o ministro.
Cardozo afirmou que, muito antes de ter sido aprovado o Or�amento de 2016 pelo Congresso, em 17 de dezembro, o secret�rio executivo do Minist�rio da Justi�a, Marivaldo Pereira, se reuniu com o diretor-geral da Pol�cia Federal, Leandro Daiello. "A orienta��o do minist�rio foi: 'Gastem normalmente, como se n�o houvesse corte, porque isso ser� recomposto'", contou.
O ministro disse que o aviso foi dado assim que saiu o relat�rio do Or�amento com a previs�o de corte na Pol�cia Federal. "O Minist�rio da Justi�a tem R$ 2,8 bilh�es de possibilidade de remanejamento interno. Seguramente, n�s n�o vamos deixar que a Pol�cia Federal pare por conta de R$ 100 milh�es ou um pouco mais", argumentou Cardozo. "� por isso que n�o posso admitir que houve press�o da Associa��o dos Delegados para que mud�ssemos de posi��o. Isso j� estava resolvido."
H� dez dias, a entidade que representa a categoria enviou uma carta a Cardozo, escancarando a contrariedade com o corte de R$ 133 milh�es que o Congresso promoveu no or�amento da PF para 2016. Os delegados exigiram "menos discursos" do ministro e cobraram dele uma rea��o.
"Se a Associa��o dos Delegados tivesse se dignado a comparecer a uma audi�ncia comigo, como de praxe se faz logo ap�s elei��es sindicais, e apresentado uma pauta de reivindica��o, teria sido esclarecida que o problema do corte n�o era real", insistiu Cardozo.
A discuss�o para recompor os valores do Or�amento por meio de cr�ditos suplementares dever� ocorrer ap�s a san��o da presidente Dilma Rousseff, at� o pr�ximo dia 14, ao texto aprovado no Congresso.