
Lula desembarcou em Bras�lia, sem alarde, e jantou com Dilma, ao lado do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, do presidente do PT, Rui Falc�o, e do assessor especial Giles Azevedo, no Pal�cio da Alvorada. A conversa girou sobre como construir um discurso para o governo e o PT sobreviverem, sob fogo cruzado, neste ano de elei��es municipais.
O ex-presidente reiterou que � preciso agir r�pido para reverter o clima de pessimismo. Preocupado com a queda de popularidade de Dilma, Lula disse que ela precisa viajar mais e visitar locais onde o PT sempre teve boa vota��o, mas vem perdendo cada vez mais votos. A ideia � que Dilma sempre d� entrevistas nestas cidades, principalmente a r�dios do interior, que divulgam a mensagem do governo.
Moradias
Ficou acertado que a presidente far� uma esp�cie de "road show" para entregar moradias do plano habitacional Minha Casa Minha Vida. Al�m disso, retomar� visitas �s obras de transposi��o do Rio S�o Francisco. Dilma tamb�m pretende inaugurar, ainda neste m�s, uma esta��o de bombeamento de �gua no Eixo Norte do projeto, em Pernambuco.
Base
Lula aconselhou a sucessora a chamar deputados e senadores para conversas logo que eles retornarem a Bras�lia. Embora as f�rias do Congresso terminem em 1.º de fevereiro, muitos parlamentares estar�o na capital federal antes desta data. Na avalia��o do ex-presidente, � preciso recompor o mais r�pido poss�vel a base de sustenta��o do governo no Congresso para "sepultar" o impeachment.
A c�pula do PT defende uma guinada � esquerda nos rumos da economia, mas Dilma acredita que ser� poss�vel fazer inflex�es, sem nenhum "cavalo de pau". Mesmo assim, Lula e Falc�o cobraram o an�ncio de "medidas concretas" para injetar �nimo na popula��o. O plano j� � tratado no Planalto como uma esp�cie de "novo PAC" e uma das prioridades � estimular a constru��o civil. O setor foi o que mais cortou postos de trabalho em 2015, com cerca de 500 mil demiss�es.