Bras�lia - A presidente Dilma Rousseff evitou comentar o aparecimento do nome do ministro Jaques Wagner (Casa Civil) nas investiga��es da Lava Jato. Questionada sobre o impacto das investiga��es de um ministro t�o pr�ximo a ela, Dilma n�o citou o nome de Wagner, disse que seu governo apoia todas as investiga��es, mas destacou que � preciso garantir o direito de defesa. "Eu tenho certeza que poucos governos tiveram uma rela��o t�o clara, t�o expl�cita na garantia das condi��es de investiga��es", disse.
Dilma disse que todos podem ser investigados e afirmou que ela mesma j� deve ter sido alvo de apura��es. "Eu tenho clareza que devo ter sido virada do avesso. E tenho clareza tamb�m que podem continuar virando dos avessos. Sobre a minha conduta n�o paira nenhum emba�amento, nenhuma quest�o pouco clara", afirmou, ressaltando que apoia "integralmente" o trabalho do Minist�rio P�blico e da Pol�cia Federal.
Dilma disse que, como presidente da Rep�blica, entende "perfeitamente" a import�ncia das diferentes opera��es que ocorreram no Pa�s. Para ela, as investiga��es permitir�o que, no m�dio e longo prazos, as rela��es com recursos p�blicos, tanto dos agentes privados como do governo, melhorem. "A impunidade hoje no Brasil come�ou a ser, de fato, amea�ada. E doa a quem doer", afirmou. "N�o � poss�vel ter dois pesos e duas medidas."
A reportagem revelou que o conte�do das mensagens mostra que Leo Pinheiro, condenado a 16 anos de pris�o, atuou por interesses dos petistas em epis�dios distintos. No caso de Wagner, h� negocia��o de apoio financeiro ao candidato petista � prefeitura de Salvador em 2012, Nelson Pellegrino, como tamb�m pedidos de intermedia��o do ent�o governador da Bahia com o governo federal a favor de empreiteiros.
Ainda sem citar o ministro, Dilma disse que � preciso manter o direito de defesa e criticou o que chamou de "espetaculariza��o". "Tenho muito medo da espetaculariza��o e vazamentos. Vazamentos n�o se d�o em um quadro de apura��o de responsabilidade", disse.
A presidente voltou a citar que as investiga��es devem punir pessoas que cometem atos il�citos e n�o as empresas. "N�s n�o podemos acreditar que destruir empresas seja uma a��o adequada para combater a corrup��o", disse. "Se pune pessoas, n�o se destr�i empregos e empresas", disse.
Petrobras
Dilma falou rapidamente sobre a Petrobras durante o caf� com jornalistas. Disse que a empresa "n�o � a Lava Jato". Ela destacou ainda que as dificuldades econ�micas mundiais como o pre�o do petr�leo atrapalham a empresa. "N�o sabemos qual ser� o piso do petr�leo. Ningu�m sabe."