Em maio de 2015, os 12 bancos que constam da Representa��o Penal da Receita entraram com processos na Justi�a de S�o Paulo e de Nova York para cobrar o dinheiro emprestado ao grupo Schahin. A exce��o � o Deutsche Bank, que n�o concedeu financiamento. Em conjunto, alegam ter liberado US$ 500 milh�es, mas ainda n�o receberam US$ 350 milh�es. Inicialmente, cada um tinha contrato de cr�dito em separado com o Schahin. Teriam se organizaram em bloco em 2009. O argumento � que o grupo Schahin j� apresentava problemas financeiros e precisaram renegociar o pagamento dos empr�stimos. Os maiores devedores - Ita� BBA, HSBC e Votorantim - lideraram a organiza��o do grupo.
O jornalO Estado de S. Paulo fez contato com a assessoria de imprensa de todos os bancos para que tivessem conhecimento sobre o conte�do da reportagem e se colocou � disposi��o para publicar o seu posicionamento. Nos casos em que a institui��o n�o tem assessoria, a reportagem procurou a �rea de Rela��es com o Investidor ou s�cios do neg�cio. A maioria, por�m, optou por n�o comentar ou alegou estar impedido de fazer qualquer manifesta��o para preservar o sigilo banc�rio dos clientes.
Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, o Ita� BBA declarou: "Informamos que em dezembro de 2009 o Grupo Schahin e um sindicato formado por diversos Bancos brasileiros e estrangeiros (dentre os quais o Banco Ita� BBA) celebraram opera��es no �mbito de um processo de reestrutura��o de d�vidas da empresa, com garantia de receb�veis contra a Petrobras. O Ita� Unibanco afirma que a opera��o foi feita de boa-f�, em condi��es normais de mercado e em total conformidade com as normas aplic�veis. Estamos totalmente � disposi��o das autoridades competentes para colaborar com as investiga��es e prestar quaisquer esclarecimentos adicionais, nos termos da lei."
O banco Bonsucesso declarou, tamb�m em nota, que "fez uma opera��o de cr�dito no Brasil para a Schahin Holding, em 2007, no valor de R$ 25 milh�es. "Em 2009, o grupo Schahin apresentou dificuldades financeiras. Desde ent�o, estamos tentando receber a d�vida, que est� sendo executada desde o final de 2014, e que foi contabilizada a preju�zo em nosso balan�o de julho de 2015, no valor de R$ 29 milh�es." O Banco Bonsucesso recebeu apenas uma pequena parte da d�vida e este recebimento foi realizado no Brasil. "Esclarecemos, ainda, que o banco Bonsucesso n�o possui nenhuma subsidi�ria fora do Pa�s."
O Bradesco, em nota, disse que "segue princ�pios de governan�a aderentes �s melhores pr�ticas de mercado e em respeito �s normas que regem o sigilo banc�rio, n�o comenta opera��es ou posi��es dos seus clientes". O BicBanco, tamb�m em nota, declarou que "n�o comenta opera��es ou eventuais opera��es com clientes ou eventuais clientes". O Pine adotou posicionamento id�ntico e refor�ou a lisura das opera��es com o grupo Schahin: "O Banco Pine nega qualquer irregularidade e refor�a que toda e qualquer opera��o efetuada pelo banco segue a legisla��o vigente".
HSBC, Santander, Deutsche Bank, Banco Votorantim e Banco ABC preferiram n�o fazer coment�rios. Um diretor do Tricury que atendeu a reportagem e n�o quer ser identificado disse que as opera��es com o grupo Schahin foram feitas dentro da lei.
No caso do banco Fibra, institui��o controlada pela fam�lia Steinbruch, que n�o tem assessoria de imprensa e n�o atendeu a reportagem por telefone, o Estado buscou informa��es na CSN. O assessor de imprensa avisou que buscaria contato com um porta-voz do Fibra, que deveria entrar em contato com o jornal, o que n�o ocorreu at� a conclus�o desta edi��o.