A Pol�cia Federal pediu ao Superior Tribunal de Justi�a (STJ) o indiciamento do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), pelos crimes de corrup��o passiva, organiza��o criminosa e lavagem de dinheiro, mas o Minist�rio P�blico Federal deu parecer contr�rio � medida. Caber� ao ministro Herman Benjamin, relator do caso na corte, dar a palavra final a respeito do caso.
Em outra frente de investiga��o, a Pol�cia Federal apura suposta "venda" de portarias que beneficiavam o setor automotivo durante a gest�o do petista e de seu sucessor, Mauro Borges, na pasta. Ambos negam irregularidades. Tamb�m h� uma suspeitas de que houve financiamento irregular da campanha do ex-ministro ao governo de Minas Gerais, em 2014.
A PF pediu autoriza��o para interrogar Pimentel e, se for o caso, indici�-lo. Ao analisar a quest�o, no entanto, a vice-procuradora-geral da Rep�blica, Ela Wiecko, afirmou que a legisla��o n�o prev� o indiciamento, pela pol�cia, de autoridade com prerrogativa de fun��o perante o Superior Tribunal de Justi�a.
Segundo a vice-procuradora-geral da Rep�blica, tamb�m n�o h� previs�o para que o Minist�rio P�blico Federal autorize esse tipo de "procedimento inquisitorial".
Prerrogativa
No parecer, de 11 de dezembro passado, a vice-procuradora-geral argumentou que cabe ao Minist�rio P�blico Federal decidir o momento oportuno para o interrogat�rio, e n�o � PF, pois os procuradores da Rep�blica teriam prerrogativa exclusiva para investigar autoridades com o chamado foro privilegiado em inqu�ritos instaurados no STJ, bem como requerer dilig�ncias.
Procurada, a defesa de Pimentel n�o respondeu aos contatos da reportagem.