
Fernando Collor foi presidente entre 1990 e 1992, quando sofreu um impeachment. "Ap�s o fim do per�odo de suspens�o de direitos pol�ticos, Fernando Affonso Collor de Mello retornou � vida p�blica. Na condi��o de senador pelo Partido Trabalhista Brasileiro do Estado de Alagoas - PTB/AL, por volta do ano de 2009, em troca de apoio pol�tico � base governista no Congresso Nacional, obteve do ent�o presidente da Rep�blica, Luiz In�cio Lula da Silva, ascend�ncia sobre a Petrobras Distribuidora S/A - BR Distribuidora", afirmou o procurador.
A influ�ncia de Collor na BR Distribuidora foi levantada tamb�m pelo ex-diretor da �rea Internacional da Petrobras Nestor Cerver�. Delator da Opera��o Lava-Jato, Cerver� declarou � Procuradoria-Geral da Rep�blica que Collor lhe disse, em setembro de 2013, que a presidente Dilma Rousseff havia garantido ao parlamentar que "estavam � disposi��o" dele, Collor, a presid�ncia e todas as diretorias da BR Distribuidora. Em depoimento prestado no dia 7 de dezembro de 2015, Cerver� relatou os bastidores das indica��es para cargos estrat�gicos na Petrobras, principalmente na BR Distribuidora.
As declara��es de Janot est�o em um trecho da den�ncia intitulado "Diretorias da Petrobras Distribuidora S/A de indica��o de Fernando Affonso Collor de Mello". O procurador afirmou que "o grande agente" do senador era Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-ministro do governo Collor.
"Em nome de Fernando Affonso Collor de Mello, Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos realizou os principais contatos na sociedade de economia mista, operacionalizou neg�cios em favor de empresas privadas, cobrou vantagens indevidas e adotou estrat�gias de intermedia��o e oculta��o da origem e do destino da propina relacionada a tais contratos", apontou Janot.
Na den�ncia, o procurador-geral cita duas dela��es premiadas da Opera��o Lava-Jato. Em depoimento, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa citou Fernando Collor. "Ouvia dizer que ele tinha muita influ�ncia pol�tica na BR Distribuidora", relatou Costa. O ex-diretor, "tratando do 'operador particular' do parlamentar", destacou que "sabe que Pedro Paulo Leoni Ramos tamb�m tem bastante influ�ncia na BR Distribuidora".
O dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, afirmou em sua dela��o que Fernando Collor e Pedro Paulo Leoni "detinham a indica��o pol�tica e o consequente controle de duas diretorias da BR Distribuidora". Segundo o empreiteiro, em 2010, o "operador particular" do senador lhe disse: "n�s temos uma ou duas diretorias dentro da BR Distribuidora nas quais temos acesso e ascend�ncia".
Procurado, o Instituto Lula informou que n�o vai comentar.
J� Rog�rio Marcolini, advogado de Fernando Collor, disse que o senador n�o � acusado na referida den�ncia, n�o � parte no mencionado processo, e, portanto, n�o comentar� as conjecturas e especula��es do Dr. Rodrigo Janot.
A assessoria de imprensa de Pedro Paulo Leoni Ramos informou que n�o vai se manifestar por n�o ter tido acesso ao teor da den�ncia.