
O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, apontou ind�cios de pagamento de propina ao PT e ao PMDB em fundos de pens�o e no FGTS. As conclus�es est�o nos autos da Opera��o Catilin�rias, desdobramento da Lava Jato, e � baseada em mensagens de celular trocadas pelo ex-presidente da OAS, L�o Pinheiro. As a��es estariam reproduzindo o mesmo esquema de corrup��o das fornecedoras da Petrobras.
“Pelo que se pode inferir das mensagens, h� aquisi��o de deb�ntures emitidas pelas empresas, que s�o adquiridas ou por bancos - Caixa Econ�mica Federal, por meio do FI-FGTS, ou BNDES - ou por fundos de pens�es onde h� inger�ncia pol�tica”, escreveu Janot.
Empresas do grupo OAS emitiram quase R$ 3 bilh�es em t�tulos desde 2010. O grupo est� em recupera��o judicial e Pinheiro foi preso em 2014, condenado a 16 anos de pris�o, por lavagem de dinheiro, corrup��o e integrar organiza��o criminosa.
‘Vantagens indevidas’
De acordo com Janot, o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o ex-tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari Neto, receberiam vantagens indevidas, inclusive doa��es oficiais, em troca de opera��es de capitaliza��o de empresas do grupo OAS.
No caso do presidente da C�mara, a Procuradoria Geral da Rep�blica (PGR) aponta ind�cios de que o peemedebista teria intermediado uma opera��o de venda de R$ 250 milh�es em deb�ntures da OAS para o Fundo de Investimento do FGTS. As mensagens sugerem que Cunha cobrava propina pela atua��o.
Um aliado de Cunha era respons�vel por realizar a opera��o na Caixa Econ�mica Federal. Em mensagens de celular trocadas em dezembro de 2012, Pinheiro informava Cunha que a OAS ainda n�o havia recebido o dinheiro pela venda de deb�ntures e que os R$ 250 milh�es s� estariam liberados em fevereiro de 2013.
J� em mar�o de 2013, Pinheiro enviou mensagem para o diretor financeiro da OAS, Alexandre Tourinho, questionando se o valor j� havia sido liberado. “Oi Alexandre, n�s j� recebemos aquela debenture ($250MM)? O nosso EC t� me cobrando. Abs. Leo”, dizia a mensagem. EC seria Eduardo Cunha, segundo a Procuradoria-Geral da Rep�blica. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.