Bras�lia- A Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer pedindo que seja concedida a liberdade a Ricardo Hoffmann, publicit�rio acusado de ser um dos operadores no esquema de corrup��o investigado pela Opera��o Lava-Jato.
O publicit�rio est� preso preventivamente no Paran�, onde aguarda o julgamento sobre processos relacionados ao esquema. Ele j� foi condenado a 12 anos de pris�o por corrup��o ativa e lavagem de dinheiro.
A vice-procuradora-geral considera que n�o h� ind�cios de que, se posto em liberdade, Hoffmann voltar� a cometer crimes. "Al�m de o paciente ter-se afastado das fun��es anteriormente exercidas na Borghi Lowe, os contratos tido como irregulares firmados por essa empresa foram encerrados. N�o subsiste, pois, risco concreto de que os mesmos delitos continuar�o a ser praticados caso revogada sua pris�o preventiva", argumenta no documento.
A tese de Ela Wiecko � a mesma adotada por Ribeiro Dantas para votar, no STJ, pela soltura do publicit�rio, no fim do ano passado. O ministro foi o �nico que votou pela ado��o de medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletr�nica e pris�o domiciliar.
O argumento de Dantas tamb�m foi usado para relaxar a pris�o de executivos presos na Lava-Jato, como Marcelo Odebrecht, Andrade Gutierrez e Elton Negr�o. Na �poca, o ministro ficou vencido porque a 5ª Turma do STJ, que julga os casos relacionados com a Lava-Jato, considerou os crimes de Hoffmann muito graves.
Isolado no colegiado, Dantas acabou deixando a relatoria dos casos evolvendo o esquema de corrup��o da Petrobr�s. A PGR tamb�m enviou ao STF pareceres favor�veis � manuten��o de Odebrecht, Gutierrez e Negr�o, entre outros executivos, na pris�o.
Com o pedido sobre Hoffman, Ela Wiecko deixa claro que a participa��o dele no esquema � diferente da atribu�da aos demais. "O fundamento remanescente, relacionado � gravidade abstrata dos delitos e � periculosidade gen�rica do paciente, mostra-se insuficiente para manuten��o da sua pris�o preventiva", esclarece.
Em depoimento � Justi�a Federal no Paran�, em agosto do ano passado, Hoffmann chegou a confessar que repassava cr�ditos denominados bonifica��o de volume para empresas de fachada do ex-deputado Andr� Vargas. Ele foi alvo da 11ª fase da Lava-Jato, que teve como alvo contratos de publicidade com �rg�os p�blicos.