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Estado de Minas

Procuradoria em Goi�s questiona gasto de R$ 25,6 milh�es em campanha sobre Olimp�ada

As pe�as publicit�rias est�o sendo questionadas pelo procurador Ailton Benedito de Souza, que pediu a suspens�o imediata da veicula��o


postado em 15/01/2016 17:37 / atualizado em 15/01/2016 18:01

O governo federal gastou, at� o momento, R$ 25,6 milh�es na campanha "Somos todos Brasil", que tem como mote a realiza��o dos Jogos Ol�mpicos no Rio de Janeiro este ano. A campanha foi criticada pelo procurador Ailton Benedito de Souza, que pediu a suspens�o imediata da propaganda. Segundo a Secretaria de Comunica��o da Presid�ncia da Rep�blica, o governo ainda n�o recebeu a notifica��o da representa��o.

A campanha foi lan�ada pelo Minist�rio do Esporte no fim do ano passado. De acordo com o governo federal, o per�odo de veicula��o dessa primeira etapa come�ou no dia 20 de dezembro e est� previsto at� o dia 31 de janeiro, com propagandas tanto na TV aberta (nacional e regional) quanto em TV fechada.

Benedito de Souza menciona na representa��o que a presidente Dilma gastou R$ 9 bilh�es em publicidade no seu primeiro mandato e que s� no ano passado gastou quase R$ 500 milh�es com propaganda.

Para a Procuradoria da Rep�blica em Goi�s, a campanha se presta a desinformar os brasileiros sobre a "verdade" da situa��o pela qual passa o Pa�s bem como estimular no "inconsciente coletivo" um sentimento favor�vel � Olimp�ada e � presidente Dilma Rousseff. Num documento de 27 p�ginas, o procurador afirma que a campanha n�o pode ser qualificada como publicidade institucional nos moldes previstos na Constitui��o. Segundo ele, a propaganda � "sem sombra de d�vida" de car�ter pol�tico-ideol�gico patrimonialista.

"Seu objetivo � estimular na sociedade sentimentos favor�veis � presidente da Rep�blica, ao seu governo e � coaliz�o partid�ria que lhe empresta sustenta��o, num momento em que, como 'nunca antes na hist�ria deste Pa�s', est�o mais fragilizados politicamente, enfrentando elevad�ssima rejei��o social, inclusive, com processo de impeachment j� deflagrado na C�mara dos Deputados, cujo resultado depender� sobremaneira das manifesta��es da sociedade que acontecer�o nos pr�ximos meses", afirma o procurador, citando na recomenda��o at� o bord�o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva.

O procurador deu dez dias para que a Secom suspenda a campanha, a partir do recebimento da recomenda��o, proposta no dia 12 de janeiro. A sugest�o tem car�ter extrajudicial. Se isso n�o ocorrer, ele n�o descarta mover uma a��o na Justi�a Federal para barrar a veicula��o das pe�as. "Prefiro acreditar que a Secom vai responder � recomenda��o do Minist�rio P�blico. Agora, evidentemente, que, ao expedir a recomenda��o, o Minist�rio P�blico est� convicto para usar todos os instrumentos que est�o � sua disposi��o", afirmou Benedito de Souza.

'Ruas'

Os filmes sobre os Jogos Ol�mpicos do Rio exploram a ideia de que o Pa�s � capaz de se unir em torno de um projeto, apesar de suas diverg�ncias. "Mesmo sendo um povo t�o diferente, t�o misturado, com tantas cores, ra�as, pensamentos, religi�es, somos um povo �nico, somos todos brasileiros", diz um dos comerciais. Em outro trecho, um locutor afirma que "todos estamos convocados para defender o Brasil n�o apenas nas quadras, pistas, piscinas, est�dios (...), mas nas ruas e pra�as, t�xis, praias, bares, restaurantes, em todos os lugares", pois "agora somos um s� time (...), um time de 200 milh�es."

Em sua recomenda��o, o procurador diz que a campanha cont�m "velada desinforma��o" ao inferir que a organiza��o do evento - previsto para ocorrer daqui a sete meses - tem ocorrido "perfeitamente". Para ele, o governo usa um tom "ufanista, patri�tico, nacionalista e c�vico" na campanha. "Como se a realiza��o de tal evento tivesse o cond�o de apagar da vida dos milh�es de brasileiros todos nefastos efeitos causados pelas cat�strofes econ�mica, administrativa, social, pol�tica, moral que assolam o Pa�s, como nunca antes", diz.

Procurada, a Secretaria de Comunica��o do governo informou que n�o iria se manifestar.


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