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Estado de Minas

Queda na arrecada��o leva governo de Minas a adotar o escalonamento de sal�rios

Estado pagar� servidor em at� tr�s parcelas, a partir de fevereiro. No entanto, 75% dos funcion�rios receber�o integralmente no quinto dia �til


postado em 16/01/2016 07:00 / atualizado em 16/01/2016 07:56

Secretários estaduais de Planejamento e Fazenda e sindicatos se reuniram na sexta-feira, 15, para definir a nova escala de pagamento dos servidores estaduais (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Secret�rios estaduais de Planejamento e Fazenda e sindicatos se reuniram na sexta-feira, 15, para definir a nova escala de pagamento dos servidores estaduais (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Nos tr�s primeiros meses deste ano, somente os 477 mil servidores (75% deles) que t�m um sal�rio l�quido de at� R$ 3 mil receber�o o vencimento de forma integral e no quinto dia �til. O an�ncio foi feito ontem pelo secret�rio de Planeamento e Gest�o, Helv�cio Magalh�es, durante reuni�o com representantes de 39 sindicatos dos funcion�rios p�blicos. Aqueles que recebem mais de R$ 3 mil ter�o o contracheque dividido ao longo do m�s. Entre R$ 3 mil e R$ 6 mil, ser�o duas parcelas, e quem tem sal�rio acima de R$ 6 mil receber� em tr�s vezes. Em mar�o, o governo anunciar� como ser� pago o vencimento de abril, maio e junho. Insatisfeitos com a proposta, os sindicalistas j� anunciaram uma paralisa��o geral no pr�ximo dia 27, quando votar�o uma proposta de greve.


Ao anunciar a forma de pagamento para os servidores, Helv�cio Magalh�es ressaltou que o caixa do estado vive uma realidade “grave” e “dram�tica”. O grande gargalo do governo tem sido uma queda constante na arrecada��o com o ICMS – perda calculada pela equipe econ�mica em cerca de R$ 3 bilh�es. Segundo ele, gra�as a cortes no custeio e renegocia��o de contratos, o governo conseguiu reduzir para pouco mais de R$ 8 bilh�es um d�ficit esperado para 2015 de quase R$ 10 bilh�es. “Tivemos um esfor�o m�ximo da Secretaria da Fazenda para n�o demitir ningu�m e sem atrasar o m�s de pagamento”, afirmou Magalh�es.

O secret�rio de Planejamento assegurou ainda que n�o h� qualquer possibilidade de n�o cumprir o cronograma anunciado ontem (veja quadro). “Demoramos a anunciar justamente para ter certeza do fluxo financeiro”, completou. A Fazenda tem a expectativa de aumentar a arrecada��o nos pr�ximos meses, com a entrada em vigor, no �ltimo dia 1º, da lei que reajustou o imposto sobre v�rios produtos, entre eles, bebidas alco�licas, material escolar e produtos de higiene pessoal. O governo conta tamb�m com a hip�tese de receber de credores, que est�o sendo chamados para renegociar suas d�vidas mediante descontos.


Para os professores da rede estadual, o governo garantiu que vai cumprir o piso nacional, reajustado na quinta-feira em 11,36%, passando dos atuais R$ 1.917,78 para R$ 2.135,64. O pagamento integral do valor ocorrer� at� 2017, por meio de abonos que ser�o incorporados no contracheque ao longo deste ano. “Nossa decis�o � cumprir o acordo que j� fizemos com os professores e absorver o novo piso. At� 2017, vamos cumprir todo o piso”, assegurou Magalh�es. Sobre o risco de a folha de pagamento ultrapassar o limite imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o secret�rio informou que a legisla��o abre brechas para os setores de Educa��o, Sa�de e Seguran�a, e, portanto, n�o acredita em maiores problemas.

''Não há qualquer possibilidade de não cumprir o cronograma. Demoramos a anunciar justamente para ter certeza do fluxo financeiro'' - Helvécio Magalhães, secretário de Planejamento e Gestão (D)(foto: Jair Amaral / EM / D.A Press)
''N�o h� qualquer possibilidade de n�o cumprir o cronograma. Demoramos a anunciar justamente para ter certeza do fluxo financeiro'' - Helv�cio Magalh�es, secret�rio de Planejamento e Gest�o (D) (foto: Jair Amaral / EM / D.A Press)
  Helv�cio Magalh�es reafirmou que logo ap�s o carnaval ser� encaminhado � Assembleia Legislativa um projeto de reforma administrativa que tornar� o estado mais “vigoroso” e “�gil”. Tamb�m ser� publicado um decreto com contingenciamento do or�amento previsto para este ano. A proposta aprovada pela Assembleia traz uma expectativa de arrecadar R$ 83,1 bilh�es e fixa uma despesa total de cerca de R$ 92 bilh�es, indicando um d�ficit fiscal de R$ 8,9 bilh�es – descontadas as receitas e despesas intraor�ament�rias, de R$ 13,85 bilh�es

Greve O diretor da Coordena��o Intersindical, Geraldo Henrique Concei��o, lamentou o escalonamento dos sal�rios e disse que o governo est� “destruindo” uma conquista obtida pela categoria em 2003. “Para n�s, � uma calamidade. A maioria dos servidores ganha menos de R$ 3 mil, o que mostra que os sal�rios s�o muito baixos”, afirmou o sindicalista. Justamente por estarem tr�s anos sem aumento, Geraldo Henrique acredita que ser� aprovada uma greve geral no pr�ximo dia 27 – embora o parcelamento v� atingir apenas 25% do funcionalismo. Segundo o sindicalista, a categoria tem outras reivindica��es, como o pagamento de vales-transporte e alimenta��o.

O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais (Sindifisco) j� entrou com um mandado de seguran�a na Justi�a para impedir o parcelamento dos sal�rios. Representantes da entidade ainda questionam as informa��es de queda na arrecada��o, apresentadas pela Secretaria da Fazenda. Segundo o presidente do Sindifisco, Lindolfo Fernandes de Castro, � importante que o governo implemente mecanismos para combater a sonega��es de impostos, que estariam trazendo preju�zos de at� 40% na arrecada��o do ICMS – segundo c�lculos do sindicato. Al�m disso, caberia ao governo rever benef�cios fiscais concedidos a empresas.

Or�amento apertado

O 'Minas Gerais' de ontem trouxe san��o, pelo governador Fernando Pimentel (PT), da Lei de Diretrizes Or�ament�rias (LDO) para 2016 – que traz as regras para a elabora��o do or�amento propriamente dito e as prioridades e metas da administra��o p�blica. A legisla��o foi alterada em alguns pontos: o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), inicialmente previsto em 1,3%, foi revisto para uma taxa negativa de -1,43%. Em rela��o ao crescimento da receita, previs�o caiu de R$ 87,8 bilh�es para R$ 83,1 bilh�es. Ou seja, a previs�o original de 7,9% foi alterada para 2,1%.

Em rela��o ao ICMS, o governo tamb�m admite uma queda no valor previsto originalmente. A expectativa inicial de aumento de 7,8% foi reduzida para uma queda de -0,4%. Dessa forma, a previs�o inicial de R$ 43,7 bilh�es passou para R$ 40,4 bilh�es. J� as despesas do caixa estadual devem subir 0,54%, ou R$ 491 milh�es. A folha de pagamentos tem a expectativa de maior aumento entre as despesas do caixa, chegando a R$ 45,5 bilh�es, R$ 700 milh�es acima dos R$ 44,8 bilh�es gastos em 2015.

Com as novas estimativas, a equipe econ�mica trabalha com um d�ficit fiscal de R$ 8,9 bilh�es em 2016, o que influencia no resultado prim�rio, que caiu de um super�vit de R$ 913 milh�es para uma d�ficit de R$ 4,9 bilh�es. A d�vida p�blica consolidada tamb�m dever� aumentar: passar� de R$ 98,6 bilh�es para R$ 105,8 bilh�es.

Outros poderes

O governo estadual pediu ontem que o Legislativo, Judici�rio e Minist�rio P�blico contribuam para o corte de gastos. Todos os meses, cabe ao Executivo repassar aos poderes e ao MP a parcela conhecida como “duod�cimo”, com a qual eles quitam a folha de pagamentos e o custeio de seus �rg�os. Segundo Helv�cio Magalh�es, a partir do pr�ximo m�s, os deputados estaduais e servidores da Assembleia Legislativa passar�o a receber no 5º dia �til do m�s. At� ent�o, o pagamento era feito no �ltimo dia do m�s anterior.

 


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