Partidos brigam por comiss�es

Bras�lia – O enfraquecimento pol�tico do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), diante das den�ncias de corrup��o contra ele, fez com que seus advers�rios come�assem a articular a ocupa��o de espa�os hoje nas m�os de aliados do peemedebista nas comiss�es permanentes da Casa. O principal alvo � a Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ), considerada a mais importante.

No ano passado, Cunha ofereceu a comiss�o ao PP para obter o apoio da legenda � sua elei��o para a presid�ncia da C�mara. Vitorioso e no auge de sua for�a pol�tica, articulou a elei��o de Arthur Lira (PP-AL) para a comiss�o. Este ano, por�m, o l�der do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), advers�rio de Cunha e contr�rio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, tem oferecido a correligion�rios a presid�ncia do colegiado em troca de apoio para ser reconduzido ao posto. A estrat�gia foi replicada por Leonardo Quint�o (PMDB-MG), advers�rio na disputa pela lideran�a do partido e ligado ao grupo de Cunha.

Com a segunda maior bancada desse bloco de 14 legendas, o PP, por exemplo, tenta assumir a presid�ncia da Comiss�o de Finan�as e Tributa��o, considerada a segunda mais importante da C�mara. Cunha apoiou e conseguiu eleger a correligion�ria Soraya Santos (PMDB-RJ) em 2015. Neste ano, o candidato ligado a ele, o ex-ministro das Cidades Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), enfrenta internamente o deputado Esperidi�o Amin (PP-SC). A an�lise dos l�deres � de que o presidente da C�mara ter� muita dificuldade em eleger seus candidatos para os colegiados. Desta forma, aumentar� a disputa entre oposi��o e governo pelas comiss�es estrat�gicas.