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Estado de Minas

Situa��o � �rdua porque governo arrecada pouco e n�o induz crescimento, diz Lula


postado em 20/01/2016 12:19 / atualizado em 20/01/2016 13:23

S�o Paulo - Em entrevista a blogueiros nesta quarta-feira, 20, em S�o Paulo, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva avaliou a atual situa��o da economia brasileira como dif�cil "porque o governo arrecada pouco, a� n�o tem capacidade de investimento e n�o pode induzir (a retomada do crescimento)".

Lula defendeu a pol�tica de concess�es em infraestrutura adotada pelo governo Dilma Rousseff. "Quando o dinheiro est� curto, pode fazer uma concess�o por 20, 30 anos. Acho importante fazer", comentou.

Na avalia��o do ex-presidente, o problema atualmente � a falta de cr�dito. "Acho que a Dilma e o Barbosa (Nelson, ministro da Fazenda) devem estudar, pensar N�o sei para quando, mas � preciso de uma forte pol�tica de cr�dito", defendeu.

Lula destacou que, em 2008, quando classificou a crise financeira global de "marolinha", injetou R$ 100 bilh�es do Tesouro para financiar o desenvolvimento. "Na primeira levada, os bancos particulares n�o colaboraram no cr�dito e tomamos a decis�o de que os bancos p�blicos financiassem", relembrou.

Para o ex-presidente, a �nica sa�da para a atual situa��o econ�mica � se voltar para o "mercado interno extraordin�rio" que o Pa�s tem.

Entre os pontos defendidos por Lula est�o pol�ticas de cr�dito espec�ficas para as cerca de 14 milh�es de microempresas e microempreendedores individuais, linhas de cr�dito para cadeias produtivas, de modo que empresas tenham acesso a juros mais baixos como as grandes companhias, al�m de financiamento "mais forte de toda a infraestrutura" e "um pouco de cr�dito para o consumo".

Lula destacou a import�ncia do mercado interno argumentando que, quando n�o h� demanda prevista, empres�rios decidem n�o investir. Nesse sentido, defendeu a expans�o do cr�dito consignado para trabalhadores da ind�stria privada.

O petista tamb�m defendeu o uso de recursos p�blicos como forma de induzir a retomada do crescimento. "Se voc� endivida o Pa�s um pouco mais para fazer novos ativos produtivos, terminar uma ferrovia ou um aeroporto, por exemplo, logo voc� ter� retorno e vai arrecadar mais", argumentou.

Lula citou o exemplo dos Estados Unidos e disse que, para enfrentar crises, a d�vida p�blica em rela��o ao Produto Interno Bruto (PIB) naquele pa�s avan�ou de cerca de 60% para mais de 100%.

M�dia

O ex-presidente afirmou que come�ou a processar jornalistas para "recuperar a dignidade da profiss�o" e "botar ordem na casa". "Daqui pra frente eu vou processar todo mundo, tudo obviamente que achar que cabe, para botar ordem na casa, porque a desfa�atez � tamanha", criticou.

O petista disse que s� tem sua "honra" para se defender dos ataques da m�dia. "S� tenho duas coisas pra me defender: minha l�ngua e minha vontade de falar. O que tenho para me defender � a minha honra, meu car�ter e o legado que constru�mos neste Pa�s. As pessoas podem n�o gostar do PT, mas se n�o reconhecerem o que seria desse Pa�s sem o governo do PT..."

Lula citou seu filho F�bio Luis Lula da Silva, o Lulinha, como v�tima da imprensa. "Meu filho F�bio, o que fazem com ele � uma viol�ncia." O ex-presidente citou processo recente contra o jornal O Globo e reclamou de os jornalistas terem alegado sigilo de fonte.

A publica��o divulgou uma corre��o depois de publicar que Lulinha havia sido citado na dela��o de Fernando Soares, o Fernando Baiano. No depoimento, o lobista disse que o empres�rio Jos� Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente, teria pedido dinheiro para uma nora do petista, mas n�o citou nenhum parente de Lula diretamente.

Lula afirmou que, a seu ver, a m�dia pode ter posicionamento pol�tico, mas que n�o pode haver "mentira" nas informa��es. "A politiza��o da imprensa chegou a tal ordem... Eu admito politiza��o, que publiquem o que quiserem nos editoriais, o que n�o admito � mentira na informa��o."

Lula disse que esperava uma maior considera��o da m�dia com Dilma, por ser mulher, mas que s� v� "abuso e falta de respeito". "� uma coisa de pele, voc� n�o tem a minha pele, ent�o n�o entra no meu clube", disse em refer�ncia aos donos de grandes ve�culos. "Quem quiser discordar da Dilma, discorde, mas pouca vezes neste Pa�s tivemos algu�m com a dignidade da Dilma governando esse Pa�s", afirmou ao defender a sucessora.

Lula aconselhou ainda a presidente a "criar a pauta", criar "fatos pol�ticos" para evitar o notici�rio relacionado aos "vazamentos seletivos" da Lava Jato. "A Dilma tem que ter consci�ncia, ela tem que criar a pauta. Toda semana ela tem que criar uma pauta, um fato pol�tico, porque, sen�o, toda semana vai ser Lava Jato."

Lula tamb�m falou da capa da revista Veja que estampou fotos de presos da Lava Jato quando foram fichados na carceragem e do interior das celas. "A Veja com as fotografias do pessoal preso � um atentado � moral desse Pa�s. O cara que gostou dessas fotos � o cara que defende a redu��o da idade penal, a pena de morte."

O ex-presidente disse que ele e o PT t�m que agir "mais rapidamente" na estrat�gia de comunica��o. "Gra�as a Deus tem a imprensa alternativa, que, com todo sacrif�cio, � o que faz a gente respirar, ter esperan�a."


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