Bras�lia- O Pal�cio do Planalto decidiu adiar para depois da elei��o do l�der do PMDB na C�mara, marcada para 17 de fevereiro, a indica��o do novo ministro da Secretaria de Avia��o Civil. O cargo vinha sendo negociado com o PMDB de Minas Gerais como uma estrat�gia para dividir a ala pr�-impeachment da bancada do partido na Casa. A ideia era ajudar na recondu��o do atual l�der, Leonardo Picciani (RJ), que � contra o impedimento da presidente Dilma Rousseff.
A candidatura de Motta foi confirmada ontem. A estrat�gia de Cunha � tentar dividir os votos de Picciani com Motta, fazendo com que a disputa v� ao 2.º turno. Nesta fase, Cunha aposta que a uni�o entre os grupos de Quint�o e Motta aumenta as chances de derrota de Picciani.
Ontem, Quint�o e Motta fecharam acordo de apoio m�tuo em eventual 2.º turno. Tamb�m acertaram pacto de n�o agress�o na campanha. A ideia � que ambos centrem cr�ticas em Picciani. A expectativa � de que, juntos, obtenham at� 40 dos 67 votos da bancada no 1.º turno.
Durante a campanha, os dois pretendem afastar o debate sobre o impeachment para evitar racha na bancada entre grupos pr� e antigoverno. "Esse tema n�o faz parte da minha campanha. N�o sou candidato a capit�o do impeachment nem a capit�o contra o impeachment", disse Motta. Quint�o tamb�m tem dito que n�o pretende pautar esse debate durante a campanha.
Picciani, por sua vez, diz n�o ser poss�vel se esquivar. "N�o basta o candidato dizer que � contr�rio quando boa parte de seus apoiadores � favor�vel. N�o tem como subestimar a intelig�ncia alheia", declarou.
Uma das estrat�gias de Motta para evitar ser tachado como candidato pr�-impeachment � desvincular sua candidatura da imagem de Cunha. Em sua primeira entrevista como candidato, afirmou que vai ganhar a elei��o com carimbo de candidato de Cunha ou n�o."Eduardo Cunha, como todo e qualquer deputado do PMDB, � eleitor. Eu irei, sim, buscar o apoio do deputado Eduardo Cunha, como dos outros deputados", afirmou.