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Estado de Minas

Lula diz nunca ter recebido propostas indevidas quando estava na Presid�ncia

No depoimento, prestado no dia 6, a PF tamb�m questionou o ex-presidente sobre a medida provis�ria 563/2012, que criou o Programa Inovar Auto, que tamb�m oferece benef�cios para o setor.


postado em 22/01/2016 19:19 / atualizado em 22/01/2016 19:48

(foto: AFP PHOTO/EVARISTO SA)
(foto: AFP PHOTO/EVARISTO SA)

Em depoimento � Pol�cia Federal, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva disse que "n�o recebeu pedidos pessoais fora dos padr�es na �poca em que esteve na Presid�ncia da Rep�blica" e que cabia ao seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho, "filtrar" os pedidos que chegavam at� ele.

  O ex-presidente afirmou que nunca houve qualquer tipo de proposta indevida ou de vantagem financeira a ele para que propusesse uma medida provis�ria e que "ningu�m teria coragem de lhe fazer uma proposta dessas".

A Pol�cia Federal suspeita de que um esquema de lobby e corrup��o foi montado para influenciar a edi��o, pelo governo, e a aprova��o, pelo Congresso, de ao menos tr�s MPs (471/2009, 512/2010 e 627/2013) que concedem incentivos fiscais a montadoras de ve�culos. O caso � investigado na Opera��o Zelotes.

No depoimento, prestado no dia 6, a PF tamb�m questionou Lula sobre a medida provis�ria 563/2012, que criou o Programa Inovar Auto, que tamb�m oferece benef�cios para o setor. Em outra opera��o, a Acr�nimo, os investigadores apuram suposto pagamento de propina para habilitar, por meio de portarias ministeriais, empresas no programa. O ex-presidente respondeu que nunca foi procurado por Mauro Marcondes, lobista preso na Zelotes, para falar sobre essa MP ou qualquer outro ato normativo referente a esse programa.

O ex-ministro Gilberto Carvalho � alvo da investiga��o que apura suposto esquema de compra de medidas provis�rias editadas nos governos Lula e Dilma Rousseff. A Receita Federal pediu as quebras dos sigilos banc�rio e fiscal do ex-chefe de gabinete, da mulher, dos filhos e de um restaurante que pertenceu a uma filha dele.

Carvalho seria contato, no Pal�cio do Planalto, com Mauro Marcondes, acusado de operar esquema de pagamentos a agentes p�blicos para viabilizar a edi��o de normas que prorrogaram incentivos fiscais para montadoras de ve�culos instaladas no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Al�m dele, a mulher, Cristina Mautoni, tamb�m est� presa.

A a��o penal sobre o caso corre na 10ª Vara da Justi�a Federal em Bras�lia, que come�aria nesta sexta-feira, 22, a ouvir testemunhas de defesa. A sess�o, no entanto, foi suspensa. O esquema de "compra" de MPs foi revelado pelo jornal O Estado de S.Paulo em outubro.

No depoimento, Lula disse que a rela��o de Mautoni e Gilberto Carvalho era "estritamente institucional, ao que ele sabe". Afirmou, ainda, que "n�o se recorda de Gilberto Carvalho ter relatado contatos ou encontros com Mauro Marcondes", embora tenha mencionado que em certa ocasi�o Carvalho encaminhou a ele carta de empres�rios suecos, da qual Mauro Marcondes foi portador, para uma audi�ncia em que seriam tratados investimentos suecos no Brasil.

O presidente afirmou que Carvalho "n�o participava de tomadas de decis�es no governo".

Perguntado sobre qual o significado da palavra "caf�", registrada ao lado do nome de Carvalho numa agenda de um dos lobistas, Lula disse "n�o ter a menor ideia."

O ex-presidente tamb�m disse que n�o ter ideia sobre como lobistas tiveram acesso antecipado � minuta de uma medida provis�ria, mas que esse texto circulou por v�rios �rg�os. "N�o sei como, mas esses textos circularam por diversos �rg�os."

Gilberto Carvalho sustenta que o gabinete de Lula "jamais teve em qualquer momento participa��o" nas "negociatas" citadas na investiga��o. Segundo ele, "n�o h� nenhuma acusa��o sustent�vel a respeito disso".


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