Manter a cidade livre de poss�veis criadouros do mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, a febre chikungunya e o v�rus Zika, � hoje a maior preocupa��o das autoridades do Distrito Federal (DF), de acordo com o diretor de Vigil�ncia Ambiental, Divino Martins. Mas a tarefa tamb�m depende da popula��o, segundo ele. “Muitas vezes falta o compromisso do morador em fazer a manuten��o, apesar de a gente orientar, mostrar os problemas dentro do espa�o dele”.
O s�bado foi mais um dia de mutir�o no DF contra o mosquito. Desta vez, as cidades escolhidas foram N�cleo Bandeirante e Gama, ao sul de Bras�lia. “Quando o morador acompanha o nosso agente, n�s aproveitamos para fazer o trabalho educativo. Vamos explicando em cima da realidade daquele im�vel quais s�o as a��es devem ser tomadas para conter a infesta��o do mosquito”, destacou Martins.
Com o aumento das chuvas no Distrito Federal, a preocupa��o com a multiplica��o do mosquito aumenta, j� que uma casa inspecionada em um dia, no outro pode ter um cen�rio completamente diferente por causa dos temporais. O Aedes aegypti se prolifera em �gua parada. “[� preciso] Limpar o terreno, verificar se h� pneus, latas, bacias e baldes expostos. Inspecionar os ambientes externo e interno para eliminar qualquer �gua parada. Hoje n�o tem �gua, mas se chover a casa pode ter uma verdadeira maternidade do inseto”, comparou o diretor da Vigil�ncia Ambiental.
Martins destacou que larva do inseto n�o transmite nenhuma das doen�as. Por isso, os moradores podem manusear recipientes que contenham larvas para jogar fora a �gua parada, sem risco de contamina��o. As caixas d’�gua s�o outra preocupa��o dos agentes. “Elas devem estar totalmente fechadas. Meio mil�metro aberto j� � o suficiente para o desenvolvimento do mosquito”, explicou o diretor.
Apesar dos mutir�es, os moradores dizem que a a��o n�o � suficiente. “Estamos fazendo a nossa parte, mas de que adianta entrarem nas casas e verificar se temos pneus, latinhas, vasos de planta se a menos de 200 metros daqui, h� um terreno onde diariamente � jogado lixo e entulho e ningu�m fiscaliza?”, criticou a professora Patr�cia Oliveira, moradora do Setor Sul do Gama.
Outro morador, o comerciante Ant�nio Ribeiro, que, na noite passada, teve a casa alagada por causa de um temporal tamb�m est� preocupado. A �gua chegou a mais de um metro de altura e ele perdeu m�veis e eletrodom�sticos. “Agora aumenta a preocupa��o com o mosquito, mas temos todo um cuidado. Aqui observamos muito se h� focos de �gua parada, inclusive meus filhos de 13 e 9 anos t�m muito cuidado e fiscalizam tudo. O problema � que muitos vizinhos n�o colaboram e n�o temos liberdade para chegar at� eles e reclamar”.
Casos confirmados
Dados da Secretaria de Sa�de do DF apontam que, at� 18 de janeiro, foram registrados 253 casos de dengue em Bras�lia. O n�mero � 110% maior que no mesmo per�odo de 2015, quando houve 120 casos. Ainda segundo o balan�o, h� nove suspeitas de contamina��o pelo v�rus Zika em moradores da capital do Pa�s e dois casos confirmados. Um caso de febre chikungunya tamb�m foi confirmado.
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Combate ao Aedes aegypti precisa da colabora��o de moradores, diz agente
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