S�o Paulo - O procurador-geral de Justi�a, Marcio Fernando Elias Rosa, criou uma for�a tarefa para investigar den�ncias de envolvimento do presidente da Assembleia Legislativa de S�o Paulo, deputado Fernando Capez (PSDB) em esquema de fraudes da merenda escolar desmontado na Opera��o Alba.
Capez � citado em v�rios depoimentos de investigados da Opera��o Alba, deflagrada na semana passada pela Pol�cia Civil e pelo Minist�rio P�blico.
Um assessor e um ex-assessor de Capez tamb�m s�o citados: Luiz Gutierrez, o Lic�, do grupo de confian�a e cabo eleitoral do presidente da Assembleia, e Jeter Rodrigues - que o deputado disse ter demitido.
Um assessor de confian�a de Edson Aparecido, secret�rio da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin (PSDB), � outro alvo da investiga��o. Luiz Roberto dos Santos, o Moita, foi afastado da assessoria de Aparecido um dia antes de a opera��o ser deflagrada.
A compet�ncia para investigar o caso � do procurador geral de Justi�a porque Fernando Capez � procurador de Justi�a de carreira e deputado. Elias Rosa n�o est� tirando o inqu�rito das m�os dos promotores da Comarca de Bebedouro. O procurador-geral quer manter no caso os promotores que iniciaram a apura��o. Com essa parceria ele afasta especula��es de que iria interferir em um epis�dio que envolve um colega de carreira.
O procurador-geral pretende ainda adotar a mesma estrat�gia da Opera��o Lava Jato com rela��o a compet�ncia sobre inqu�rito que cita parlamentar federal - alvos da Opera��o Alba Branca apontaram o nome do presidente estadual do PMDB, Baleia Rossi, que � deputado federal. Na Lava Jato a parte que envolve pol�ticos com foro privilegiado ficou sob responsabilidade do Supremo Tribunal Federal. O restante ficou nas m�os do juiz Sergio Moro, em Curitiba.
Elias Rosa vai manter sob atribui��o da Promotoria de Bebedouro a fatia da Alba Branca que cita empres�rios, lobistas e servidores p�blicos. Sob sua responsabilidade, manter� a investiga��o sobre Capez e prefeitos.
"Vou pedir aos promotores colegas da Comarca de Bebedouro compartilhamento dos dados do inqu�rito da Alba Branca", disse o procurador-geral.
Capez e Baleia negam envolvimento na fraude da merenda.