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Estado de Minas

MP confirma investiga��o de Lula

Procurador da Rep�blica, Frederico Paiva afirma que ex-presidente � investigado por poss�vel atua��o na compra de ca�as. Petista n�o consta nas apura��es da Zelotes


postado em 26/01/2016 06:00 / atualizado em 26/01/2016 07:31

Ex-ministro Gilberto Carvalho disse em depoimento à Justiça que
Ex-ministro Gilberto Carvalho disse em depoimento � Justi�a que "as empresas evidentemente se beneficiaram, mas quem se beneficiou muito mais foi o pa�s" (foto: Elza Fi�za/ABR - 21/11/2012)

S�o Paulo e Bras�lia – O procurador da Rep�blica Frederico Paiva, da for�a-tarefa respons�vel pela Opera��o Zelotes, disse ontem que documentos que tratam da poss�vel atua��o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva na compra dos ca�as suecos Gripen, da Saab, pelo governo federal est�o sendo analisados em uma investiga��o da Pol�cia Federal e do Minist�rio P�blico Federal. “Isso faz parte do novo inqu�rito, que est� em curso”, explicou.

Segundo Paiva, apesar de o fato estar sendo apurado, Lula n�o consta como investigado na Opera��o Zelotes. O procurador disse estranhar o fato de o ex-presidente ter sido intimado a depor pela PF no �ltimo dia 6 de janeiro. “N�o entendi o motivo de o delegado ter ouvido Lula nesse caso”, declarou, acrescentando que o policial deve ter suas raz�es. O petista falou na condi��o de “informante”.

A Zelotes denunciou 16 pessoas, entre lobistas e empres�rios, por suposto envolvimento na “compra” de medidas provis�rias editadas pelo governo federal e aprovadas mais tarde pelo Congresso. Investiga��es sobre desdobramentos, contudo, continuam em andamento. Em um inqu�rito que ainda tramita, a PF apura se houve algum il�cito em pagamentos de R$ 2,5 milh�es feitos pelo lobista Mauro Marcondes Machado, um dos presos na Zelotes, � empresa de um dos filhos do ex-presidente, o empres�rio Lu�s Cl�udio Lula da Silva. Marcondes representava montadoras e tamb�m o grupo que controla a Saab.

A Pol�cia Federal suspeita de que os pagamentos a Lu�s Cl�udio tenham rela��o n�o s� com a edi��o de medidas provis�rias, mas tamb�m com o neg�cio dos ca�as suecos, que come�ou no governo de Lula e foi conclu�do no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.

Um arquivo apreendido na empresa do lobista citava uma “solicita��o da empresa sueca para que o ex-presidente levasse seu apoio � contrata��o da Saab para a presidente Dilma”. No depoimento, a PF perguntou a Lula se os pagamentos ao filho foram alguma “contrapresta��o” por servi�os prestados pelo petista � Saab para que viesse a vencer a concorr�ncia dos ca�as. Lula negou veementemente e disse que a hip�tese � um absurdo.

Lobby

O procurador rebateu ontem a afirma��o de testemunhas de defesa, ouvidas na Justi�a federal, de que o processo de negocia��o das medidas provis�rias envolveu apenas a��es l�citas de lobby, e n�o corrup��o. Segundo ele, a chamada “compra” das normas, que concederam incentivos fiscais a montadoras de ve�culos, envolveu favores e vantagens para que servidores p�blicos “lubrificassem” o processo de edi��o das MPs. “Lubrificar”, explicou, era o mesmo que pagar propina para facilitar a tramita��o.

O procurador disse que s� o lobista Mauro Marcondes recebeu, por meio de sua empresa, R$ 70 milh�es de uma das montadoras. “Ningu�m paga R$ 70 milh�es para algu�m fazer reuni�o com o segundo, terceiro escal�o”, declarou. No caso do Minist�rio da Fazenda, ele exemplificou, n�o h� nem registro de reuni�o. O investigador criticou ainda a tese das defesas de que os valores pagos na atividade de lobby s�o altos para fidelizar os clientes: “O argumento n�o tem base emp�rica, at� porque (os lobistas) buscavam empresas concorrentes”. Paiva ponderou que em nenhum momento a den�ncia procurou criminalizar o lobby.

Segundo ele, foram usadas empresas de fachada e parte do dinheiro foi repassada para agentes p�blicos. “A busca dos advogados � tentar tumultuar, divergir da linha que estamos adotando”, criticou, acrescentando: “� triste ver que advogados caros, bem remunerados, at� agora n�o conseguiram nenhuma testemunha de defesa que trouxesse algo aos autos. E nem v�o trazer. Esses s�o crimes cometidos entre quatro paredes. A prova � documental”. Na avalia��o do procurador, as provas apresentadas nos autos s�o suficientes para condena��o.

Carvalho

Em depoimento � Justi�a Federal como testemunha no processo sobre “compra” de medidas provis�rias que beneficiaram montadoras de ve�culos, o ex-ministro Gilberto Carvalho afirmou que o “est�mulo � ind�stria automobil�stica era a alma do presidente Lula”.

“As empresas evidentemente se beneficiaram, mas quem se beneficiou muito mais foi o Pa�s”, afirmou o ex-ministro. “� absurda essa acusa��o de que n�s trabalhamos vendendo MPs. Isso ofende o bom senso”, disse o ex-ministro. Ele disse que o governo tem o papel de induzir o crescimento econ�mico em diversas regi�es do Pa�s e que a instala��o de uma montadora gera “uma cadeia de empregos”, com empresas de autope�as e fornecedores.


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