
No primeiro mandato da presidente Dilma, empres�rios e sindicalistas reclamaram que a presidente esvaziou o Conselh�o. A �ltima vez que o grupo se reuniu foi em julho de 2014. A insatisfa��o com a falta de di�logo com setores da sociedade civil e do empresariado gerou cr�ticas dentro do pr�prio governo. Na semana passada, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) afirmou � presidente que o Planalto “precisa ouvir mais do que falar” e adotar postura diferente do que vem demonstrando at� agora, mostrando que “est� disposto a ser mais servo” do que dar ordens. Temer apontou o retorno do Conselh�o como fundamental para que empres�rios apresentem propostas para ajudar o pa�s superar a crise econ�mica e pol�tica.
Um dos focos principais do primeiro encontro ser� a busca por a��es para reativar a constru��o civil ainda este ano, o que contribui para a cria��o de empregos. Segundo assessores do Planalto, Dilma quer primeiro ouvir os integrantes para s� depois fechar as medidas que pretende anunciar no in�cio de fevereiro com um plano para recuperar a economia e equilibrar as contas p�blicas.
No encontro, ela pedir� apoio para aprovar a recria��o da CPMF – proposta que tem sido muito criticada no Congresso, mas � considerada vital pela equipe econ�mica do Planalto para garantir o superavit prim�rio este ano. A presidente defender� ainda a reforma previdenci�ria, como forma de manter a sustentabilidade do pagamento de aposentadorias no futuro.
NOVA COMPOSI��O Os integrantes do Conselh�o ainda n�o tiveram seus nomes publicados no Di�rio Oficial da Uni�o (DOU), mas, segundo a assessoria da Casa Civil, alguns nomes j� est�o confirmados. Uma das mudan�as ser� a exclus�o de comandantes de empreiteiras, mas com a presen�a de institui��es que representam o setor. Da antiga composi��o, Marcelo Odebrecht, dono da Construtora Odebrecht, e o pecuarista Jos� Carlos Bumlai foram presos pela Pol�cia Federal na Opera��o Lava-Jato.
Pela primeira vez, o grupo ter� um representante das empregadas dom�sticas, a presidente da Federa��o Nacional das Trabalhadoras Dom�sticas (Fenatrad), Creuza Oliveira. Entre os novos integrantes, o Planalto j� confirmou os nomes dos presidentes dos bancos Ita�, Roberto Set�bal; do Bradesco, Luiz Trabuco; e da companhia a�rea TAM, Cl�udia Sender.
Tamb�m foram confirmados os convites para o neurocientista Miguel Nicolelis e para o ator Wagner Moura, conhecido por interpretar o Capit�o Nascimento em Tropa de Elite e o traficante Pablo Escobar, na s�rie Narcos. O ator, no entanto, informou que n�o participar� da primeira reuni�o, uma vez que est� na Col�mbia gravando a segunda temporada da s�rie. Ele se colocou � disposi��o para o segundo encontro, que deve ocorrer em maio.
J� entre os integrantes que participaram do Conselh�o nos �ltimos anos, continuar�o no grupo os presidentes da Ambev, Jorge Paulo Lemann; do grupo Votorantim, Jos� Erm�rio de Moraes; da Coteminas, Josu� Gomes da Silva; da Embraer, Frederico Curado; da CSN, Benjamin Steinbruch; da Magazine Luiza, Lu�za Trajano; e da Vale, Murilo Ferreira.
Entre os grupos sindicais, apesar de o presidente da For�a Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (SD), defender o impeachment da presidente, a central sindical n�o foi exclu�da do Conselh�o e ser� representada pelo ex-presidente Miguel Torres. O Pal�cio do Planalto trabalha ainda para que um dos mais importantes empres�rios do pa�s, Jorge Gerdau, permane�a no grupo. Gerdau se aproximou do governo durante o primeiro mandato da presidente Dilma. No entanto, j� distante do Planalto, ele fez duras cr�ticas � condu��o da pol�tica econ�mica no ano passado. (Com ag�ncias)
‘Dificuldades tempor�rias’
O Brasil passa por um per�odo de “transi��o econ�mica” e “dificuldades tempor�rias”, mas n�o est� paralisado.A avalia��o foi feita pela presidente Dilma Rousseff em entrevista, domingo, ao jornal El Comercio, do Equador. A presidente viaja hoje para Quito, capital do pa�s, onde participa de c�pula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac). Em entrevista por escrito, ela comentou temas como a situa��o pol�tica em pa�ses vizinhos, os Jogos Ol�mpicos no Rio e as investiga��es sobre corrup��o na Petrobras. “Confio que a economia brasileira vai superar estes desafios e emergir mais forte e mais competitiva. (...) O Brasil n�o parou nem vai parar”, afirmou. Questionada sobre a manuten��o de pol�ticas sociais, Dilma disse que as a��es est�o mantidas. “N�o vamos retroceder em pol�ticas exitosas de inclus�o social e n�o vamos nos descuidar daqueles que mais necessitam”, defendeu.