O secret�rio-chefe da Casa Civil Edson Aparecido, do governo Geraldo Alckmin, cobrou que o PSDB fa�a uma apura��o interna sobre seu ex-chefe de gabinete Luiz Roberto Santos, o Moita, apontado nas investiga��es da Opera��o Alba Branca como benefici�rio de propina no esquema de superfaturamento na venda de produtos agr�colas para merenda de escolas de prefeituras e do Estado.
"O PSDB precisa se posicionar. Da nossa parte, o que tinha que ser feito n�s fizemos e o caso est� na Corregedoria", disse Aparecido � reportagem.
Quase duas semanas depois da deflagra��o da opera��o, a legenda do governador Alckmin ainda n�o abriu ou sinalizou que abrir� procedimento interno em sua comiss�o de �tica para avaliar o caso.
Nas grava��es interceptadas pela Pol�cia Civil, o ex-assessor, que � um militante hist�rico do PSDB, tenta reiteradas vezes demonstrar que tem tr�nsito livre no Pal�cio dos Bandeirantes. "O envolvimento dele foi uma surpresa completa. O 'Moita' tinha um papel burocr�tico na secretaria. Ele era respons�vel pelo tr�nsito do papel e n�o tinha interlocu��o nenhuma com o governador e os secret�rios. Ele nunca nem entrou no gabinete do governador", afirma Edson Aparecido. Segundo ele, a indica��o de Santos para o cargo foi "do partido".
Passado
A hist�ria de Santos no PSDB come�ou nos prim�rdios do partido, em 1988, quando a sigla foi fundada e ele ingressou na juventude tucana na Baixada Santista, onde era correligion�rio do ex-governador M�rio Covas (1995/2001). Nascido em Mongagu�, ele tornou-se rapidamente um importante quadro do partido na regi�o.
Apontado como "bonach�o" e "engra�ado" pelos colegas tucanos, ele viveu seu apogeu pol�tico na gest�o anterior de Alckmin, quando foi chefe de gabinete do secret�rio de Transportes, Jurandir Fernandes. Depois de flagrado nas escutas da Opera��o Alba Branca, Santos foi exonerado da Casa Civil e voltou para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), onde � funcion�rio de carreira h� 16 anos.
Santos n�o respondeu aos contatos. A reportagem n�o conseguiu localizar o presidente estadual do PSDB, deputado Pedro Tobias. Questionado sobre o caso de Santos, o vereador M�rio Covas Neto, presidente do PSDB municipal, afirmou que o mais prudente � esperar o fim da investiga��o pelos �rg�os competentes para que o partido depois se posicione.
"Est� se avan�ando um pouquinho o sinal, a condena��o ainda n�o aconteceu. Uma acusa��o n�o faz uma pessoa ser condenada. Conhe�o o 'Moita' e tenho dele as melhores impress�es do mundo", disse.
As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.