Tratado como filho pela presidente Dilma Rousseff, o assessor especial da presid�ncia da Rep�blica Anderson Braga Dorneles foi exonerado do cargo a pedido nesta segunda-feira. O ato foi publicado no Di�rio Oficial da Uni�o. Ele ser� substitu�do por Bruno Gomes Monteiro. Oficialmente, a explica��o no governo � que ele ir� se casar e, por isso, que voltar a morar em Porto Alegre (RS), sua cidade natal.
Nas trocas de correspond�ncia, o empres�rio queria que Dilma fizesse lobby do grupo na Rep�blica Dominicana. Em 5 de julho daquele ano, Odebrecht escreveu para os dois assessores: "Caros Giles e Anderson, pe�o o favor de entregar � presidente Dilma a nota em anexo referente ao encontro dela com o presidente da Rep�blica Dominicana, que segundo fui informado, ser� esta segunda, 9 de julho, pela manh�. Fico � disposi��o para qualquer informa��o adicional. Obrigado e forte abra�o. Marcelo." N�o h� informa��es sobre se Dorneles respondeu a mensagem. Ele tamb�m n�o consta como investigado na Opera��o.
Chamado de "beb�" e "menino" pela presidente, Dorneles, hoje com 36 anos, tinha 13 quando conheceu Dilma. Ele era office-boy e ela, presidente da Funda��o de Economia e Estat�stica, do Rio Grande do Sul.
Em Bras�lia, o fiel assessor trabalha com Dilma desde quando ela era ministra de Minas e Energia, no primeiro governo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, em 2003.
No Pal�cio do Planalto, est�o juntos desde o in�cio do primeiro mandato, em 2011. Entre as suas fun��es, estava a de portar e manusear, especialmente nos fins de semana, o concorrido iPhone presidencial. Nos bastidores, era visto como a "voz" de Dilma e chegava at� mesmo a dar conselhos � presidente.
Auxiliares da presidente negam que a sa�da de Dorneles tenha a ver com a Opera��o Lava Jato. Oficialmente, a Secretaria de Comunica��o de Governo n�o quis comentar o assunto. Procurado pelo Estado na �ltima semana, Dorneles disse que n�o comentaria o assunto.