
A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta ter�a-feira, em visita ao Congresso para abertura do ano legislativo, a aprova��o da CPMF para ser destinada � sa�de e � seguridade social. A posi��o provocou vaias de parte dos parlamentares presentes, principalmente os da oposi��o. “Para n�s a CPMF � provis�ria. Os que s�o contr�rios dizem que a carga tribut�ria tem crescido. Ao contr�rio, excluindo as contribui��es previdenci�rias, a arrecada��o federal tem ca�do nos �ltimos ano”, afirmou a presidente, sob novo coro de vaias. No plen�rio alguns deputados seguram cartazes com a frase “x�, CPMF”. Em momentos em que destacou programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida, Dilma recebeu apoio com aplausos. Esta � a segunda ida de Dilma ao Congresso. Antes de hoje, apenas 2011 contou com o gesto.
Outro ponto bastante destacado por Dilma, j� no in�cio do seu discurso, foi a sa�de financeira da Previd�ncia Social. De acordo com ela, a quest�o previdenci�ria deve ser bastante debatida e as medidas que ser�o encaminhadas ser�o discutidas com a sociedade. “A proposta ter� como premissas o respeito aos direitos adquiridas, e ter� um adequado per�odo de transi��o, disse Dilma, que foi aplaudida em seguida. “A proposta ter� como premissas o respeito aos direitos adquiridos, e ter� um adequado per�odo de transi��o”, disse Dilma, sob aplausos.

Durante boa parte de sua fala, a presidente destacou a necessidade do bom relacionamento entre Planalto, Senado e C�mara para proporcionar as reformas e para sair da crise. “Precisamos ter como horizonte o futuro do pa�s, e n�o apenas o meu governo. Uma crise � sempre um momento muito doloroso para ser desperdi�ado, � quando surgem oportunidades para se construir solu��es criativas e duradouras”, afirmou.
“A combina��o de regras fiscais aprimoradas, previd�ncia sustent�vel e avalia��o dos gastos p�blicos nos permitir� recuperar a estabilidade fiscal de modo duradouro”, declarou Dilma ao pedir o apoio dos parlamentares para aprova��o das reformas.
Dilma destacou que o governo federal deve capitanear a retomada do crescimento em 2016. Para isso, os programas sociais e de investimento devem ser os caminhos para que isso ocorra. Obras nos aeroportos, al�m de programas como o “Minha Casa, Minha Vida”, devem ser algumas das alternativas Sobre as tarifas cobradas no setor el�trico, Dilma relembrou o in�cio do ano passado, quando os reservat�rios estavam com n�veis muito baixos e disse que a tend�ncia � que os valores das tarifas voltem a patamares mais baixos com a redu��o das bandeiras tarif�rias.
Sobre emprego, a presidente afirmou que o aumento do sal�rio m�nimo e o Programa de Prote��o ao Emprego caminham no sentido de valoriza��o da pol�tica de crescimento. Na mesma dire��o, Dilma pediu puni��o exemplar para os pegos em atos de corrup��o, por�m, defendeu acordos de leni�ncia com as empresas para garantir a manuten��o dos postos de trabalho gerados por elas.
O Zika V�rus tamb�m foi abordado pela presidente que pediu apoio, inclusive da popula��o, para vencer a batalha contra o mosquito. A realiza��o das Olimp�adas neste ano, no Rio de Janeiro, tamb�m mereceu destaca da presidente em seu discurso.
Ao encerrar sua fala, a Dilma voltou a conclamar a parceria Planalto e Congresso. “Conto com o Congresso Nacional para podermos, em parceria, estabelecer novas bases para o desenvolvimento do pa�s, sem retroceder nas conquistas”.
Cunha deixado de lado
A presidente Dilma Rousseff chegou nesta tarde de ter�a-feira ao Congresso para a sess�o de abertura dos trabalhos legislativos deste ano. Ao desembarcar com 30 minutos de atraso, a petista foi recepcionada pelo presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Dilma cumprimentou com beijos Renan e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, mas s� deu um aperto de m�o frio no presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), respons�vel por ter admitido em dezembro a abertura do processo de impeachment contra ela.