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Estado de Minas

Compra de s�tio em Atibaia foi lavrada em escrit�rio do compadre de Lula


postado em 05/02/2016 07:49 / atualizado em 05/02/2016 08:01

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(foto: Andressa Anholete)
Ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (foto: Andressa Anholete)
S�o Paulo - A compra do s�tio usado pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva em Atibaia (SP) foi formalizada no escrit�rio do advogado e empres�rio Roberto Teixeira, compadre do petista, no bairro dos Jardins, em S�o Paulo. O im�vel custou R$ 1,5 milh�o, em outubro de 2010, dos quais R$ 100 mil (R$ 143 mil em valores atuais) foram pagos em dinheiro em esp�cie.

As informa��es constam das escrituras de compra e venda das duas �reas que comp�em o im�vel de 173 mil m², investigado pela Opera��o Lava Jato sob suspeita de ter sido reformado a mando de empreiteiras que tiveram ex-executivos condenados na Justi�a por envolvimento no esquema de desvios e de propinas da Petrobras.

Segundo o documento, Fernando Bittar, filho do ex-prefeito de Campinas (SP) Jac� Bittar, amigo de Lula, pagou R$ 500 mil por uma parte do s�tio e Jonas Suassuna, primo do ex-senador Ney Suassuna, arcou com R$ 1 milh�o. Ambos s�o s�cios de F�bio Lu�s Lula da Silva, o Lulinha, filho de Lula.

Dos R$ 500 mil pagos por Bittar, R$ 100 mil foram "recebidos em boa e corrente moeda nacional". O restante foi pago em dois cheques do Banco do Brasil. O neg�cio foi formalizado no dia 29 de outubro de 2010, dois dias antes da elei��o da presidente Dilma Rousseff, no 19.º andar de um pr�dio de escrit�rios na Rua Padre Jo�o Manoel, nos Jardins. O endere�o � o do escrit�rio de Teixeira.

Teixeira � amigo de Lula desde os anos 1980 e padrinho de Lu�s Cl�udio, ca�ula de Lula. Durante anos o ex-presidente morou em uma casa pertencente ao empres�rio em S�o Bernardo. Teixeira tamb�m intermediou a compra da cobertura duplex onde Lula mora atualmente em S�o Bernardo do Campo e � propriet�rio do apartamento, onde vive Lu�s Cl�udio.

Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, o agrimensor Cl�udio Benatti disse ter sido contratado por Teixeira em 18 de dezembro de 2010 para come�ar os servi�os no s�tio em 20 de janeiro de 2011, em car�ter de urg�ncia no s�tio. Lula deixou o Planalto naquele m�s e parte da sua mudan�a foi levada para o s�tio. Benatti deve prestar depoimento na semana que vem � Lava Jato.

Gaveta


Conforme os documentos do s�tio, a compra havia sido fechada pelo menos dois meses antes, no dia 5 de agosto de 2010, por meio de um Instrumento Particular de Compra e Venda firmado entre os compradores e o antigo dono, Adalton Santarelli, um comerciante de S�o Paulo.

O s�tio usado por Lula e sua fam�lia em Atibaia � alvo de investiga��o da Opera��o Lava Jato. Segundo relatos de comerciantes locais e prestadores de servi�o, parte da reforma foi bancada pelas empreiteiras OAS e Odebrecht, ambas investigadas pela Lava Jato.

A chegada da Lava Jato mudou a rotina do bairro do Port�o, em Atibaia, limite entre a cidade e a �rea rural onde fica o s�tio usado pelo ex-presidente. Vizinhos e comerciantes da regi�o t�m sido questionados pelos procuradores do Minist�rio P�blico Federal sobre a frequ�ncia das visitas, rotina e companhias do petista no local.

No dep�sito Dias, que forneceu parte do material para a reforma do im�vel, em 2011, os procuradores realizaram duas buscas de documentos e notas fiscais da �poca. O atual dono, Nestor Neto, que assumiu a loja em 2014, afirmou que o objetivo era encontrar provas e buscar novas informa��es.

H� suspeita de que a Odebrecht pagou parte da conta. "Os procuradores analisaram algumas documenta��es antigas, como notas e comprovantes, que ainda estavam na loja. Acessaram salas que estavam fechadas pelo dono do pr�dio e eu n�o tinha mais acesso", disse Neto. Duas atendentes da padaria Iannuzzi, que fica no acesso ao s�tio, dizem que a ex-primeira-dama Marisa Let�cia comprava no local.

Defesa

O advogado e empres�rio Roberto Teixeira disse, por meio de sua assessoria, que a escritura do s�tio usado pelo ex-presidente Lula em Atibaia foi lavrada em seu escrit�rio porque Fernando Bittar e Jonas Suassuna s�o clientes antigos do escrit�rio.

"Ambos j� eram nossos clientes", disse ele por e-mail. Teixeira contradiz a escritura ao falar sobre os R$ 100 mil pagos em esp�cie. Segundo ele, o valor foi pago com o cheque administrativo 218 do Banco do Brasil. "A compra foi paga mediante cheques administrativos pelo valor total da venda, identificados na escritura", afirmou.

A escritura, entretanto, deixa claro que Suassuna pagou R$ 1 milh�o em cheque e Bittar quitou R$ 400 mil tamb�m em cheque e R$ 100 mil "em boa moeda corrente".


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