A ordem do juiz da Lava-Jato foi dada depois que os advogados de defesa pediram autoriza��o para novo deslocamento de Bumlai para o hospital alegando que ele sofreu sangramento de urina na carceragem da Pol�cia Federal.
Os defensores pediram a Moro que autorizasse "a realiza��o de exames essenciais � garantia da integridade f�sica de Jos� Carlos Bumlai, sem preju�zo do atendimento a eventual prescri��o m�dica que se fa�a necess�ria ap�s an�lise dos resultados".
O pedido � subscrito pelos advogados Lyzie de Sousa Andrade Perfi, Thiago Diniz Barbosa Nicolai e Bruna Ara�jo Amatuzzi, do escrit�rio Malheiros Filho, Meggiolaro Prado Advogados.
A defesa pondera que antes de ser preso preventivamente na 21ª fase da Opera��o Lava-Jato, no dia 24 de novembro de 2015, Bumlai "estava realizando acompanhamento m�dico regular em virtude de diversos problemas de sa�de diagnosticados nos �ltimos anos, entre eles o glaucoma".
"Al�m de confirmar tal informa��o, no �ltimo dia 11 de janeiro, o m�dico da fam�lia indicou a extrema necessidade de realiza��o de exames para investigar o epis�dio de sangramento de urina ocorrido na carceragem da Pol�cia Federal de Curitiba bem como a necessidade de realiza��o de fisioterapia para tratar a osteoartrose", assinalam os defensores.
Os advogados de Bumlai revelam detalhes sobre as complica��es que afligem Bumlai e sua fam�lia. "Nos �ltimos dias tem apresentado novamente sintomas de prurido, irrita��o e baixa acuidade visual. Sinais que, considerando o hist�rico m�dico, indicam a probabilidade de novo quadro de glaucoma. � importante salientar que o n�o tratamento dessa doen�a pode trazer s�rias consequ�ncias a seu portador, inclusive a cegueira. Bem por isso � que o m�dico pessoal solicitou a realiza��o de exames para possibilitar o diagn�stico da poss�vel enfermidade relacionada aos sintomas mencionados."
O juiz Moro anotou que no dia 11 de janeiro j� havia permitido o deslocamento de Bumlai ao Hospital Santa Cruz para que realizasse exames "devido a epis�dio de sangramento na urina recorrente desde antes de sua pris�o".
"Havendo recomenda��o m�dica, n�o cabe a este Ju�zo valorar a pertin�ncia ou n�o da realiza��o dos exames. Observo, no entanto, que o problema do trato urin�rio n�o � recente, tendo ocorrido sangramento antes mesmo da efetiva��o da pris�o, sem que o custodiado tenha se submetido de pronto a tratamento."
Ao determinar que o amigo de Lula passe por uma sequ�ncia de exames, o juiz da Lava-Jato registrou que a Pol�cia Federal "possui limitado recurso humano para a realiza��o de escolta, o qual j� est� bastante comprometido com o deslocamento rotineiro dos presos relacionados � assim denominada Opera��o Lava-Jato".
Moro observa que 'o ideal � que o custodiado, uma vez no ambiente hospital, realize uma bateria de exames destinada a aferir a causa e a real gravidade da sua situa��o de sa�de'.
"Invi�vel o deslocamento rotineiro do custodiado, com escolta, para a realiza��o de exames de forma parcelada. Com essas considera��es, intime-se a defesa para que, ap�s contato com o m�dico pessoal de Jos� Carlos Bumlai e com o m�dico respons�vel pelo seu atendimento no Hospital Santa Cruz, informe a este Ju�zo poss�vel data para a realiza��o de bateria de exames (oftalmol�gico, urol�gico etc) no custodiado, preferencialmente no mesmo dia e � sua expensa. A data dever� se informada a este Ju�zo com anteced�ncia m�nima de tr�s dias �teis para viabilizar a prepara��o da Pol�cia Federal."