Bras�lia - O ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, disse ter "absoluta convic��o" de que a campanha eleitoral que reelegeu a presidente Dilma Rousseff em 2014 n�o recebeu "em nenhum momento" verbas "n�o contabilizadas". "Que se apure, que se investigue. Tenho absoluta convic��o de que na campanha na presidente Dilma n�o houve situa��o nenhuma de pagamentos ilegais. J� tem v�rios processos e as contas foram aprovadas, tudo absolutamente regular", afirmou o ministro.
"Eu acompanhei como militante e pessoa que se empenhou para a reelei��o da presidente Dilma. A orienta��o era muito clara da presidente. Eu vi nas reuni�es que participei, tenho absoluta seguran�a em afirmar que n�o creio que tenha havido (recebimento de dinheiro de forma irregular)", afirmou Cardozo. Ele criticou "especula��es" sobre fatos investigados e minimizou o impacto das revela��es na imagem do governo. "Em rela��o a danos pol�ticos, tenho convic��o de que se h� uma coisa que n�o se pode negar em rela��o ao atual governo � a garantia de autonomia das investiga��es. O governo da presidente Dilma Rousseff n�o interfere nas investiga��es, garante autonomia", disse.
O ministro disse n�o ver elementos "substanciais" na suposta rela��o entre a campanha da presidente Dilma Rousseff e pr�ticas il�citas. Em mensagem apreendida pela PF, o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, fazia men��o a uma suposta conta na Su��a e risco de "chegar na campanha dela". "N�o vejo elemento substancial. Uma mensagem lateralmente feita em que nomes n�o s�o citados. N�o posso dar dimens�o de ser uma prova", disse Cardozo. Na sequ�ncia, o ministro afirmou que o uso ou n�o deste ind�cio fica a cargo dos investigadores da Lava Jato.
De acordo com ele, ser� aberto um inqu�rito policial caso se verifique que houve vazamento ilegal das informa��es sobre a apura��o que envolve o marqueteiro Jo�o Santana.
Lula
Cardozo reiterou que tem o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, alvo de investiga��o, como um "grande l�der" e que no plano pol�tico h� "muitos interesses de setores da oposi��o" em atingir a imagem do petista. O ministro destacou, no entanto, que essa n�o � uma avalia��o sobre o curso das investiga��es. "Eu n�o comentaria dados concretos de investiga��o. As investiga��es t�m que ser feitas com autonomia", disse. De acordo com ele, setores da oposi��o tentam "maximizar situa��es" com rela��o ao ex-presidente Lula. "H� uma luta pol�tica em torno disso", afirmou o ministro.
O juiz federal S�rgio Moro, que conduz os processos da Opera��o Lava Jato em primeiro grau, autorizou a abertura de um inqu�rito espec�fico para que a Pol�cia Federal investigue o S�tio Santa B�rbara, em Atibaia (SP), usado pelo ex-presidente. Investigadores da Lava Jato suspeitam que empreiteiras e investigados tenham realizado obras na propriedade.