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Estado de Minas

Pressionado na Lava-Jato, Lula tenta tra�ar defesa

Com depoimento marcado para quarta-feira no MP de S�o Paulo, ex-presidente mobiliza aliados para ver como pol�ticos, movimentos sociais e o PT v�o rebater acusa��es contra ele


postado em 13/02/2016 07:00 / atualizado em 13/02/2016 08:10

Lula, ao lado de Celso Amorim, durante encontro no instituto do ex-presidente, na capital paulista: avaliação da crise e dos rumos das investigações(foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula)
Lula, ao lado de Celso Amorim, durante encontro no instituto do ex-presidente, na capital paulista: avalia��o da crise e dos rumos das investiga��es (foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula)

Bras�lia – O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva tra�ou ontem, com os integrantes do conselho pol�tico que leva o seu nome, e � noite com a presidente Dilma Rousseff e o chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, a estrat�gia que adotar� para se defender das acusa��es de que tem um s�tio em Atibaia e um tr�plex no Guaruj� (SP). Apesar de, oficialmente, o encontro – que j� estava marcado desde o ano passado – ter tratado das diretrizes da institui��o para este ano, a inten��o das duas reuni�es foi definir como os parlamentares, os movimentos sociais, o PT e o governo sair�o em defesa do ex-presidente.

Cada vez mais pressionado, Lula vai depor na quarta-feira, no Minist�rio P�blico de S�o Paulo, pela primeira vez na condi��o de investigado no caso do tr�plex do Guaruj�. Por isso, o ex-presidente resolveu mobilizar seu ex�rcito. Na segunda-feira, ser� a vez do Conselho Pol�tico do PT reunir-se na capital paulista para definir os atos que acontecer�o na semana que vem, culminando com a manifesta��o em S�o Paulo no mesmo instante em que Lula estiver depondo F�rum da Barra Funda.

Quem tem conversado com o ex-presidente se espanta com o grau de abatimento do guru dos petistas. Lula estava incomodado h� um tempo com os rumos do governo da presidente Dilma, mas, pessoalmente, o primeiro baque sentido por ele aconteceu em 15 de mar�o do ano passado, quando surgiu, nas manifesta��es de rua favor�veis ao impeachment, uma r�plica do boneco Pixuleco, com a imagem do ex-presidente vestido de presidi�rio. “Foi a primeira vez que ele teve a no��o exata que seu nome estava atrelado �s den�ncias de corrup��o. E percebeu que era alvo, n�o apenas o governo de sua pupila”, disse um aliado do ex-presidente.

Para refor�ar o apoio ao seu principal conselheiro pol�tico, a presidente Dilma Rousseff e o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, se encontraram ontem com o ex-presidente ap�s a reuni�o do Instituto Lula. A �ltima vez que eles estiveram juntos foi em 5 de janeiro, no Pal�cio da Alvorada, na v�spera do depoimento dele � Opera��o Zelotes. Depois disso, uma s�rie de den�ncias sobre o uso do S�tio Santa B�rbara em Atibaia (SP) desgastaram o petista, que n�o voltou a falar com a sucessora na linha presidencial.

A ida dela para S�o Paulo
, no mesmo dia em que Lula reuniu o conselho pol�tico, � uma tentativa de apagar a imagem do distanciamento entre os dois. “Causou muito inc�modo a preocupa��o excessiva da presidente de pensar apenas em problemas econ�micos e no combate ao v�rus zika e deixar de lado a crise de Lula, como se n�o tivesse nada a ver com isso”, reclamou um petista.

Ontem, o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, saiu novamente em defesa do ex-presidente. O chefe da Pol�cia Federal reiterou que tem Lula como um “grande l�der” e que no plano pol�tico h� “muitos interesses de setores da oposi��o” em atingir a imagem do petista.

O ministro destacou, no entanto, que essa n�o � uma avalia��o sobre o curso das investiga��es. “Eu n�o comentaria dados concretos da apura��o. As investiga��es t�m que ser feitas com autonomia”, disse. De acordo com ele, setores da oposi��o tentam “maximizar situa��es” com rela��o ao ex-presidente Lula. “H� uma luta pol�tica em torno disso”, afirmou o ministro.

Para o l�der do PT na C�mara, deputado Afonso Florence (BA), defender o ex-presidente Lula � lutar pela democracia e pelas conquistas populares do povo brasileiro. “O que est�o fazendo com o Lula � um ataque ao estado democr�tico de direito. Est�o procurando uma pista e n�o encontram. Est� evidente que n�o h� nada. O s�tio tem propriet�rio registrado e ele deve se defender conforme manda a Justi�a. Qualquer um pode frequentar quantas vezes quiser a casa de um amigo”, comentou.

“Bate-bocas” De acordo com um integrante da executiva nacional do PT, a postura do presidente at� agora, de n�o se manifestar publicamente sobre as den�ncias atribu�das a ele, � correta, pois n�o vale a pena entrar no clima de guerra. A inten��o do ex-presidente � formular a melhor forma de esclarecer os fatos sem entrar em “bate-bocas”. Segundo o aliado, Lula vai se pronunciar no momento certo. Assim como os s�cios do s�tio investigado, Jac� Bittar e o filho Fernando.

O juiz federal S�rgio Moro, que conduz os processos da Opera��o Lava-Jato em primeiro grau, autorizou a abertura de um inqu�rito espec�fico para que a Pol�cia Federal investigue o S�tio Santa B�rbara, em Atibaia (SP), usado pelo ex-presidente. Investigadores suspeitam que empreiteiras e investigados tenham realizado obras na propriedade.


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