
"N�o comento situa��es de investiga��o. Seria absurdo que o ministro da Justi�a fizesse coment�rios. Mas tenho absoluta convic��o de que a campanha da presidente Dilma Rousseff n�o recebeu um centavo sequer de caixa dois. N�o participei diretamente da coordena��o da campanha porque estava exercendo minha fun��o ministerial. Mas vi, acompanhei, sei as orienta��es que existiam e era muito claro, e tenho certeza de que isso foi respeitado: que a legisla��o fosse rigorosamente cumprida durante toda a campanha. E tenho a plena convic��o que foi", disse o ministro.
Segundo Cardozo, seu papel � garantir a autonomia da investiga��o, "fazer a investiga��o ocorrer da melhor maneira poss�vel para que tudo fique sempre esclarecido". "Como pessoa que acompanhou o processo eleitoral, afirmo e reafirmo minha convic��o plena de que n�o houve nenhuma ilegalidade ao longo na campanha da presidente Dilma Rousseff", refor�ou.
O ministro j� tinha feito declara��es sobre as contas de campanha da presidente Dilma nesta sexta-feira, 12, quando o jornal Folha de S.Paulo revelou que investigadores da Lava Jato apuraram pagamentos atribu�dos a subsidi�rias da Odebrecht em contas no exterior controladas pelo marqueteiro Jo�o Santana, respons�vel pelas campanhas presidenciais do PT desde 2006. A manifesta��o do ministro motivou cr�ticas do l�der do PSDB na C�mara, Antonio Imbassahy (BA).
Por meio de nota � imprensa, Imbassahy afirmou neste s�bado que, ao sair em defesa das contas, o ministro da Justi�a tenta interferir, de forma esp�ria, na decis�o do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que aprecia a��es que pedem a cassa��o da presidente e do vice Michel Temer.
"Mais uma vez, Cardozo se afasta das fun��es de ministro da Justi�a para assumir a posi��o de advogado de defesa do PT. Ele ignora que o cargo que ele ocupa n�o lhe permite ter dupla identidade - ou defende os interesses da sua pasta e do Pa�s, ou do seu partido. A sua conduta �, no m�nimo, impr�pria e antirrepublicana", afirmou Imbassahy.
Na avalia��o do l�der tucano, a postura do ministro "reflete o desespero do governo Dilma e do PT frente aos fortes ind�cios, que est�o sendo analisados pelo TSE, de que dinheiro do Petrol�o foi usado na campanha presidencial petista". "O objetivo de Cardozo � bastante claro: tentar interferir na decis�o do tribunal utilizando-se do cargo de Ministro da Rep�blica. Essa conduta s� reproduz o not�rio car�ter do PT, de se utilizar das estruturas do Estado em benef�cio pr�prio", disse.