O presidente nacional do PT, Rui Falc�o, afirmou nesta segunda-feira que as den�ncias envolvendo o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e o S�tio Santa B�rbara, em Atibaia (SP), s�o infundadas. O dirigente disse tamb�m que no Brasil, hoje, h� uma "invers�o de valores" e que as pessoas precisam se provar inocentes.
"Hoje as pessoas t�m que provar que s�o inocentes. No caso, embora a escritura esteja registrada em cart�rio em nome de outra pessoa, o presidente Lula � que tem que provar que n�o � dele. � uma invers�o de valores, uma invers�o dos fatos e voc�s ficam propagando isso, inclusive", prosseguiu Falc�o ao se dirigir � imprensa.
O dirigente participava de uma coletiva ap�s reuni�o do Conselho Pol�tico do PT. Durante a coletiva, Falc�o foi evasivo tanto em quest�es relacionadas ao ex-presidente, que participou da reuni�o do conselho, como em rela��o ao posicionamento do partido sobre temas econ�micos.
O presidente do PT abriu sua fala a jornalistas dizendo que o encontro n�o tratou de estrat�gias de defesa de Lula com rela��o �s den�ncias ligadas ao s�tio e ao tr�plex no Guaruj� - sobre o qual Lula e a mulher Marisa Let�cia foram chamados a depor na pr�xima quarta-feira, dia 17.
"Primeiro queria desmentir cabalmente uma antecipa��o que houve em alguns sites de que essa reuni�o era pra discutir linha de defesa do presidente Lula, isso n�o ocorreu, n�o estava na pauta e n�o foi mencionado", afirmou.
Questionado pelo Broadcast Pol�tico, servi�o de not�cias em tempo real da Ag�ncia Estado, sobre a nota enviada por ele pr�prio mais cedo, falando de 'solidariedade' ao ex-presidente, Falc�o chegou a dizer que n�o sabia da nota assinada por ele e depois afirmou que n�o havia associado o assunto.
"As amea�as crescentes ao estado democr�tico de direito, a ofensiva reacion�ria para criminalizar o PT e a escalada de ataques ao companheiro Lula s�o temas priorit�rios na reuni�o do Conselho Pol�tico da Presid�ncia do PT", dizia a nota assinada por Rui Falc�o e divulgada na manh� de hoje. "N�o tratamos desse assunto", respondeu o dirigente na coletiva.
Havia expectativa de petistas de que Lula desse uma resposta mais clara sobre qual ser� sua linha de defesa. Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast Pol�tico, a reuni�o, que durou cerca de tr�s horas, falou sobre crise pol�tica e econ�mica no Pa�s e a defesa de Lula n�o foi centro de debates.
Sindicalistas criticaram a proposta de reforma da Previd�ncia e houve uma interven��o de um integrante do conselho reclamando da entrevista do marqueteiro Edinho Barbosa ao jornal Estado de S. Paulo no domingo (14). Na entrevista, o marqueteiro, que voltou a trabalhar com as campanhas nacionais do PT no fim do ano, admitiu que pode ter havido um erro de avalia��o do partido do desgaste que as den�ncias sobre o s�tio e sobre o tr�plex poderiam ter sobre a imagem de Lula e da legenda.
Edinho Barbosa chegou a dizer tamb�m que o partido precisa deixar o discurso das 'reclama��es queixosas', de vitimiza��o e postura contra a grande m�dia. "N�o vi a entrevista do Edinho, essa quest�o deve ser examinada com ele. N�o sei o que � erro de avalia��o e em que aspecto, talvez ele tenha alguma pesquisa", desconversou Rui Falc�o ao ser perguntado sobre as falas do marqueteiro ao jornal.
Economia
Rui Falc�o ressaltou que o Conselho Pol�tico tem papel consultivo e n�o deliberativo e que as sugest�es elaboradas no colegiado ser�o levadas � reuni�o do diret�rio nacional do PT, no Rio, no fim do m�s. Ele n�o quis dar qualquer detalhe sobre propostas que o partido pode apresentar para a retomada do crescimento econ�mico do Pa�s.
Sobre reforma da Previd�ncia, disse que o PT n�o vai "interditar o debate", mas que mant�m a posi��o de que qualquer mudan�a deve ser discutida no f�rum criado pelo governo, com participa��o de empres�rios e trabalhadores.
"N�s j� nos posicionamos com rela��o � reforma da Previd�ncia dizendo que o foro legitimo � o foro criado pelo governo, que vai se reunir na quarta-feira, entre empres�rios, trabalhadores da ativa e aposentados. N�s n�o vamos interditar o debate, ele j� se iniciou nesse foro, onde foi aprovado o 85/95. Se h� outras sugest�es, esse foro vai examinar", finalizou.