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Estado de Minas

Justi�a quebra sigilo de Capez, 'Moita', Padula e quadrilha da merenda


postado em 16/02/2016 10:07 / atualizado em 16/02/2016 10:25

S�o Paulo - O desembargador S�rgio Rui da Fonseca, do Tribunal de Justi�a de S�o Paulo, decretou a quebra do sigilo banc�rio e fiscal do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Capez (PSDB), e de dois ex-assessores do governo Alckmin - Luiz Roberto dos Santos, o 'Moita', ex-Casa Civil, e Fernando Padula, ex-Secretaria da Educa��o - citados na Opera��o Alba Branca, investiga��o que desmontou quadrilha da merenda escolar.

O acesso aos dados fiscais do deputado abrange desde o in�cio de 2013. A busca das informa��es banc�rias de Capez abrange desde 1º de janeiro de 2014.

A abertura de dados sigilosos alcan�a tamb�m um assessor e dois ex-assessores de Capez, apontados na investiga��o: Luiz Carlos Gutierrez, o Lic�, Jeter Rodrigues Pereira e Jos� Merivaldo dos Santos, o 'Meriva'. A Justi�a autorizou inclusive acesso aos computadores utilizados pelos aliados do presidente da Assembleia.

Ao todo, o desembargador decretou a quebra do sigilo de 12 investigados, inclusive da cooperativa Coaf, de seus ex-diretores e de outras empresas usadas para fraudar licita��es. A decis�o foi tomada nesta segunda-feira, 15.

S�rgio Rui � o relator da Alba Branca no TJ, Corte que det�m compet�ncia para investigar parlamentares estaduais. Ele autorizou a abertura de Procedimento Investigat�rio Criminal (PIC) contra Capez, 'Moita', Padula e integrantes da cooperativa Coaf por corrup��o ativa e passiva, tr�fico de influ�ncia e organiza��o criminosa.

O procedimento investigat�rio ser� conduzido pela Procuradoria-Geral de Justi�a sob crivo do �rg�o Especial do TJ - colegiado formado por 25 desembargadores, os 12 mais antigos do Tribunal, 12 eleitos e o presidente.

O desembargador n�o acolheu apenas um pedido da Procuradoria - decreta��o da pris�o preventiva de Marcel Ferreira J�lio, apontado como lobista da Coaf, carro-chefe da organiza��o que se infiltrou em pelo menos 22 prefeituras para fraudar licita��es da merenda e superfaturar produtos agr�colas. A Coaf mirava tamb�m em contratos da Secretaria da Educa��o de Alckmin.

Marcel est� foragido desde 19 de janeiro, quando foi deflagrada a Alba Branca. Contra ele j� pesa uma ordem de pris�o tempor�ria, expedida pela Justi�a da Comarca de Bebedouro, na regi�o de Ribeir�o Preto.

Investigados ligados � cooperativa citaram o presidente da Assembleia como destinat�rio de comiss�o sobre valores de contratos com administra��es municipais e com o Estado.

Moita


O grampo da for�a-tarefa da Pol�cia Civil e do Minist�rio P�blico Estadual pegou contatos frequentes do lobista da organiza��o com Luiz Roberto dos Santos, o 'Moita', que era bra�o direito do chefe da Casa Civil de Geraldo Alckmin, Edson Aparecido - um dia antes de Alba Branca sair �s ruas, 'Moita' foi afastado.

A intercepta��o telef�nica pegou 'Moita', quadro do PSDB, operando com a quadrilha da merenda de sua sala no Pal�cio dos Bandeirantes. O grampo o flagrou orientando o lobista a pedir reequil�brio financeiro de um contrato com a Educa��o estadual. 'Moita' teria sido orientado pelo ent�o chefe de gabinete da Pasta, Fernando Padula, tamb�m muito ligado ao PSDB.

A investiga��o mostra que Padula era chamado de "nosso homem" na Educa��o por integrantes da quadrilha da merenda.

O deputado Capez nega taxativamente liga��o com a quadrilha da merenda e afirma que n�o recebeu propinas do esquema. Ele pr�prio antecipou-se e abriu para o desembargador S�rgio Rui, na sexta-feira, 12, seus dados banc�rios e fiscais. O tucano afirma que n�o conhece o lobista Marcel Ferreira J�lio nem os ex-dirigentes da cooperativa Coaf. O advogado de Capez, criminalista Alberto Zacharias Toron, diz que n�o h� nada que aponte liga��o do presidente da Assembleia com o grupo investigado.

Fernando Padula negou, assim que seu nome foi citado, qualquer envolvimento com a Coaf.

Em depoimento � Corregedoria-Geral da Administra��o, 'Moita' - ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Alckmin - admitiu ter orientado o lobista a pedir reequil�brio financeiro de um contrato da Educa��o com a cooperativa das fraudes. Ele disse ter tratado do assunto com Fernando Padula, ent�o chefe de gabinete da Secretaria.


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