Relator da CPI dos Fundos deve pedir indiciamento de presidente do TrendBank

Bras�lia, 16 - O relator da CPI do Fundos de Pens�o, deputado S�rgio de Souza (PMDB-PR), informou nesta ter�a-feira, 16, que dever� incluir em seu parecer final o pedido de indiciamento do presidente do TrendBank, Adolpho Mello.

"Provavelmente ao final esse ser� um dos que a CPI indiciar� e encaminhar� � Justi�a para ado��o das medidas cab�veis", ressaltou Souza ap�s deixar a sess�o realizada pela CPI, em que Mello prestou depoimento. "A Trendbank � um dos fundos de investimentos que geraram preju�zos substanciais aos fundos de pens�o. No caso da Postalis (dos funcion�rios dos Correios) e da Petros (dos funcion�rios da Petrobras) algo que ultrapassa os R$ 42 milh�es, sem falar no lucro prometido que foi zero", ressaltou o relator.

A Trendbank � suspeita de ter feito aplica��es incorretas e realizado malversa��o de recursos financeiros dos fundos de previd�ncia complementar.

"Ficou claro que a diretoria da Trendbank participou efetivamente de uma fraude", afirmou o relator durante a sess�o na CPI. "Ao final, tanto a Petros quanto a Postalis tiveram um preju�zo que n�o tem como recuperar porque n�o tem garantia. N�o foi feito pela Trendbank o devido suporte documental para dar a garantia", afirmou o deputado S�rgio de Souza.

Vaccari

Durante a Opera��o Lava Jato, a Pol�cia Federal encontrou em computadores de pessoas ligadas ao doleiro Alberto Youssef mensagens que fazem refer�ncias ao ex-tesoureiro do PT, Jo�o Vaccari Netto, em uma aplica��o de R$ 73 milh�es das funda��es Petros e Postalis, feita em 2012, no fundo de cr�dito Trendbank.

Durante a sess�o, Adolfo Mello negou ter tido qualquer contato com o ex-tesoureiro do PT. "N�o conhe�o. Nunca vi. S� fiquei sabendo do Vaccari pelos jornais. At� ent�o, n�o sabia nem que ele existia", disse Mello. O ex-tesoureiro do PT participou de sess�o da CPI no �ltimo dia 3, ocasi�o em que permaneceu calado.

Al�m do depoimento do dono da Trendbank, tamb�m estava prevista para hoje a oitiva do s�cio da Engevix, Jos� Antunes Sobrinho, acusado de corrup��o e lavagem de dinheiro no esquema da Petrobr�s. Sobrinho n�o compareceu. Antes do in�cio da sess�o foi apresentada como justificativa para a sua aus�ncia um atestado de �bito da irm�.

Prorroga��o

Os trabalhos na CPI devem ser retomados na pr�xima quinta-feira (18), quando dever� ser apresentado um requerimento com pedido de prorroga��o das atividades por mais 60 dias. Inicialmente, o prazo para a vota��o do relat�rio final se encerra em 19 de mar�o.

"Eu acredito que tecnicamente os argumentos da CPI s�o plaus�veis e justificam a prorroga��o. Se o governo se posicionar contr�rio � por crit�rio pol�tico, com medo de chegar a figuras como os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Edinho Silva (Secretaria de Comunica��o da Presid�ncia da Rep�blica), o ex-ministro Carlos Gabas, entre outros, que come�am a aparecer nas investiga��es", afirmou o presidente da CPI, deputado Efraim Filho (DEM-PB).

Na pr�xima sess�o do colegiado tamb�m est� prevista a vota��o de requerimento de convoca��o do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. O ministro entrou na mira da CPI dos Fundos de Pens�o ap�s o jornal "O Estado de S. Paulo" divulgar mensagens de celular nas quais ele supostamente atua na Funcef, fundo de pens�o dos funcion�rios da Caixa Econ�mica Federal, para favorecer a OAS. Na �poca, Wagner era governador da Bahia.