Bras�lia, 18 - Presidente nacional do PMDB, o vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer, telefonou na quarta-feira, 17, para parabenizar o deputado Leonardo Picciani (RJ) pela reelei��o � lideran�a do partido na C�mara. Os dois devem almo�ar juntos nesta quinta, no Pal�cio do Jaburu.
Mas os principais aliados do vice n�o esconderam o descontentamento com o que chamaram de interfer�ncia do Planalto em assunto interno da legenda. A presidente Dilma Rousseff escalou auxiliares para trabalhar por Picciani e n�o por Hugo Mota (PB), candidato do presidente da Casa, Eduardo Cunha (RJ).
Desde o in�cio do ano, Temer tentou se manter distante da disputa. O receio era de que uma participa��o mais ativa prejudicasse a sua recondu��o ao comando do PMDB, que dever� ser chancelada em mar�o, em conven��o da sigla.
No fim do ano passado, Temer deixou suas digitais no movimento que destituiu Picciani da lideran�a. Ele tamb�m coordenou a impugna��o da filia��o de deputados que tinham como prop�sito fortalecer o deputado fluminense. A estrat�gia gerou rea��es. Depois de senadores do PMDB amea�arem lan�ar uma candidatura advers�ria � de Temer para a presid�ncia da legenda, o vice recuou e adotou o discurso de que iria trabalhar pela "unidade" no partido.
O tom conciliador de Temer, por�m, n�o � o usado por aliados. Na quarta-feira, dois interlocutores do vice tentaram desqualificar a vit�ria de Picciani. Para eles, o resultado - 37 votos a 30 - mostra que a bancada do PMDB est� dividida e que o Planalto n�o poder� contar com a legenda para garantir a governabilidade.