PSDB e PSB n�o se entendem na escolha de nome para concorrer � sucess�o de Lacerda

A articula��o entre aliados do senador A�cio Neves (PSDB) e do prefeito Marcio Lacerda (PSB) para lan�ar um nome comum do campo pol�tico � sucess�o municipal de Belo Horizonte mal come�ou e j� enfrenta turbul�ncias. O Estado de Minas apurou que, em vez da polariza��o desejada pelos opositores do PT no enfrentamento, pode haver deste lado tamb�m uma pulveriza��o de nomes. O problema est� na falta de entendimento entre os dois partidos. Apesar do esfor�o p�blico das principais lideran�as para chegar a um consenso, nos bastidores parte dos tucanos e aliados demonstram insatisfa��o com Marcio Lacerda, alegando que ele estaria se recusando a aceitar nomes oferecidos pelo partido na tentativa de impor um de sua prefer�ncia.

Segundo aliados, Lacerda deixou claro que quer um t�cnico, o que, segundo ele, seria a vontade da popula��o. A bola da vez � o presidente da Cenibra Paulo Brant, que j� foi secret�rio de Cultura no governo A�cio Neves. Segundo uma fonte que participa das negocia��es, Lacerda j� teria recusado os deputados estaduais Jo�o V�tor Xavier, porque � muito novo, e Jo�o Leite porque j� perdeu uma elei��o, al�m do ex-governador Alberto Pinto Coelho por n�o ter identidade com BH e ser um “pol�tico tradicional”.

As diverg�ncias podem levar Jo�o V�tor Xavier a deixar o PSDB. O parlamentar j� estaria em conversas para se lan�ar candidato a prefeito pelo PSD. J� D�lio Malheiros, o vice de Lacerda, pode acabar se lan�ando pelo PV diante da falta de apoio do prefeito. Para um tucano que preferiu o anonimato, a real inten��o de Lacerda seria tensionar as negocia��es para tentar for�ar o PSDB a viabilizar a candidatura dos sonhos e �nica aceit�vel para ele, a do senador Antonio Anastasia. “Ele achar� todo mundo ruim porque quer tirar o Anastasia do caminho dele em 2018”, afirmou o cacique, se referindo � possibilidade de o ex-governador tentar voltar a conquistar um mandato no Pal�cio Tiradentes.

Para um integrante de outro partido da base, ser� muito dif�cil o campo pol�tico de A�cio embarcar em uma candidatura como a de Paulo Brant por se tratar de um nome desconhecido e sem cacife pol�tico. Ele cita como exemplo a elei��o do ano passado, em que o ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB), que estava afastado de Minas e retornou para a disputa, foi derrotado pelo petista Fernando Pimentel na elei��o para o governo do estado. “Foi uma grande experi�ncia para n�s, o aprendizado � que n�o se pega ningu�m e se p�e candidato da noite para o dia”, afirmou.

Gestor O secret�rio estadual de finan�as do PSB, Jo�o Marcos Lobo, que participa das conversas, disse estar surpreso com as cr�ticas e que h� tempo para convergir. “Em momento algum a gente est� fazendo exig�ncia e n�o tem nenhum veto. Agora, um nome para emplacar tem que ter uma explica��o por tr�s”, afirmou. De acordo com Lobo, as pesquisas qualitativas a que o PSB teve acesso mostram que o perfil de gestor � aprovado pela popula��o. Os nomes apresentados pelos socialistas apontam nesse sentido. Al�m de Brant, o PSB tem como pr�-candidatos o secret�rio de Obras e Infraestrutura, Josu� Valad�o, o ex-secret�rio de Desenvolvimento Econ�mico Wilson Brumer, a secret�ria de educa��o Sueli Baliza e o vereador Daniel Nepomuceno.

Jo�o Marcos Lobo disse que o PSB vai testar todos os nomes. “Quando falamos um nome n�o � do bolso do colete que tiramos. Pesquisa nenhuma deu que a popula��o quer pol�tico sorridente que d� tapinha nas costas”, afirmou. Segundo o dirigente socialista, os nomes do PSB tamb�m t�m experi�ncia em gest�o p�blica como secret�rios estaduais ou municipais.

O presidente do PSDB Domingos S�vio disse que os partidos est�o em processo de di�logo e considerou natural que Lacerda tenha suas prefer�ncias. Ele negou que o socialista esteja sendo intransigente. “O PSDB j� deu tem posi��o manifestada ao Lacerda de que n�o pode abrir m�o de disputar a elei��o majorit�ria, como j� fez nas tr�s �ltimas elei��es, e queremos construir uma candidatura com ele. Vamos nos esfor�ar para chegar ao consenso”, afirmou.