O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva gravou nesta sexta-feira uma participa��o para o programa partid�rio do PT, que vai ao ar na ter�a-feira. Segundo fontes petistas ouvidas pela reportagem, Lula aparecer� para falar de conjuntura nacional e n�o vai tocar nas den�ncias divulgadas nos �ltimos meses, envolvendo um s�tio em Atibaia e um tr�plex no Guaruj�. "� hora do discurso da conviv�ncia, de termos uma tr�gua nesse embate pol�tico", disse uma pessoa pr�xima � equipe de comunica��o � reportagem.
O tom adotado no programa, de 10 minutos, ser� semelhante ao das inser��es, mais curtas. "Queremos um programa s�brio, com consist�ncia nas afirma��es. Vamos falar da import�ncia de trabalhar para unir as pessoas, mantendo estabilidade de direitos democr�ticos e retomada da economia", afirmou uma fonte no partido.
O publicit�rio que coordena a cria��o do programa � Edson Barbosa, dono da Link Propaganda, que voltou a trabalhar com o PT em dezembro. Segundo o relato das fontes, Barbosa levar� os primeiros pilotos do programa para aprova��o do presidente nacional da legenda, Rui Falc�o.
A equipe ainda considera a participa��o da presidente Dilma Rousseff, mas a estrat�gia � estudada. As apari��es da presidente na TV, desde o ano passado, foram recebidas por panela�os em v�rias cidades do Pa�s.
O programa vai falar do legado deixado pelos governos Lula e Dilma na �rea social. Em rela��o � economia, o partido n�o tem fechada a estrat�gia de comunica��o. A ideia � refor�ar que n�o haver� perda de direitos de trabalhadores e que o governo seguir� com os programas sociais que s�o a marca do PT, mas o script ser� avaliado com cuidado.
O partido e o governo divergem sobre o ajuste fiscal que come�ou com Joaquim Levy e agora segue com Nelson Barbosa, novo titular da Fazenda. Neste in�cio de ano, a principal quest�o � a proposta de reforma da Previd�ncia. Barbosa tem defendido a urg�ncia de mudar regras, como impor uma idade m�nima para aposentadorias e equalizar as condi��es para homens e mulheres. Parlamentares petistas e a base sindical do partido resistem � ideia, argumentando que h� outras medidas que podem ser tomadas antes de afetar os direitos dos trabalhadores com uma proposta de reforma previdenci�ria.