
Se o ataque � a melhor defesa, os tucanos foram buscar no tempo argumento para tentar conter os ataques do PT ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Fazem quest�o de lembrar que quest�es pessoais n�o devem servir de muni��o pol�tica. E citam a postura que tiveram quando veio � tona um suposto romance do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) com Rosemary Noronha, ent�o chefe do gabinete da Presid�ncia da Rep�blica em S�o Paulo.
�, pode ser. Mas naquela �poca ningu�m teve informa��es de que havia dinheiro envolvido no caso, ao contr�rio do que suspeita o Minist�rio P�blico. E dinheiro p�blico favorecendo empresas que prestavam servi�os ao governo. A Rep�blica das Bananas vai se tornar a Rep�blica das Amantes, se assim continuar.
Deixando de lado os romances policiais, ops, os romances pol�ticos, � preciso voltar � realidade brasileira. A reforma da Previd�ncia que a presidente Dilma Rousseff (PT) diz ser fundamental para o pa�s corre s�rio risco de n�o ser aprovada no Congresso. E de onde vem a principal resist�ncia a ela? Da oposi��o? N�o, vem principalmente da bancada petista na C�mara dos Deputados. Com aliados assim, a presidente Dilma n�o precisa de opositores. Se n�o convence em casa, como negociar com os vizinhos?
Como ter� problemas tamb�m com a volta da Contribui��o Provis�ria sobre Movimenta��o Financeira (CPMF), mesmo prometendo dividir o bolo com prefeitos e qui�� com os governadores, a presidente Dilma corre s�rio risco de seu ajuste fiscal virar uma pe�a de fic��o. E, se isso acontecer, o filme n�o passa no Congresso. Vai para as telas dos cinemas.
E, como este s�bado � apropriado, os planos de ajuste fiscal do governo da presidente Dilma Rousseff v�o acabar se transformando numa noite de sonho com direito ao fim do hor�rio de ver�o.
Medidas dr�sticas
�, a crise econ�mica atual � mesmo ampla, geral e irrestrita. A Prefeitura de Belo Horizonte publica hoje no Di�rio Oficial do Munic�pio (DOM) a exonera��o de mais de 600 servidores que ocupavam cargos de confian�a, os chamados cargos de recrutamento amplo. O prefeito Marcio Lacerda (PSB) revela que se viu obrigado a “tomar medidas dr�sticas”, pela necessidade de tomar provid�ncias para ajustar as contas da prefeitura, diante da brutal queda de receita, por causa da recess�o econ�mica por que passa o pa�s. “A crise econ�mica � generalizada, atinge a todas as esferas do poder p�blico e n�o h� como fugir de assumir a responsabilidade”, revela uma fonte da prefeitura.
Santa Casa
Os m�dicos aut�nomos da Santa Casa BH (cerca de 40% dos m�dicos que trabalham na institui��o) est�o de bra�os cruzados desde o dia 11. O motivo desta vez n�o � atraso de pagamento: os profissionais reivindicam aumento de 17,6% para todos os procedimentos m�dicos efetuados no hospital. Sem aumento das tabelas do SUS ou reajustes nos contratos firmados com o poder p�blico, a Santa Casa BH j� informou que n�o h� como pagar. Em �poca de crise, p�ssima hora para radicalizar, j� que no pa�s muita gente est� ajoelhando pra conseguir manter o pr�prio emprego.
A voz do leitor
Escreve o leitor Kleber Pereira Gon�alves: “Prezado jornalista, bom dia. Permita-me tecer considera��es sobre sua coluna. No quesito infidelidade, os pol�ticos v�o bem, pois na vida privada n�o s�o fi�is �s esposas, com os casos comprovados de Renan Calheiros, Fernando Henrique e, segundo se diz, Lula. Na vida pol�tica s�o fi�is apenas aos cargos e �s oportunidades de se locupletarem �s custas dos impostos escorchantes pagos pelos brasileiros. Quanto � campanha de combate � ‘mosquita’, n�o tenho d�vida de que se trata de manobra diversionista, visando tirar o foco dos graves problemas nascidos nos criadouros da Presid�ncia, para os quais n�o h� vacina a n�o ser a sa�da dela e dos seus ac�litos do poder”.
Ah! As pautas
O portal da C�mara dos Deputados entrevistou os l�deres de bancada que foram eleitos. Tr�s merecem cita��o. O l�der do PT, Afonso Florence (BA), afirma que o “PT combater� a tentativa de golpe”. J� o l�der do PPS, Rubens Bueno (PR), avisa que a “prioridade em 2016 ser� aprovar o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT)”. Mas o melhor ainda estava por vir. O novo l�der do PSOL, Ivan Valente (SP), diz que “o partido quer combater as pautas retr�gradas”. N�o quer andar para tr�s.
Hor�rio de ver�o
“Fica institu�da a hora de ver�o, iniciando n�o antes da zero hora do primeiro domingo do m�s de outubro de cada ano e terminando n�o ap�s a zero hora do �ltimo domingo do m�s de janeiro do ano subseq�ente.” “Altera o C�digo Eleitoral, para estabelecer que, no dia da elei��o, a vota��o em todo o territ�rio nacional ser� realizada em conformidade com o hor�rio de Bras�lia. Nos anos em que houver elei��o, a hora de ver�o somente ser� iniciada ap�s a data de realiza��o do pleito. O recebimento dos votos come�ar� �s 9 e terminar� �s 18h, alterando o per�odo atual de 8 �s 17h.” Projetos no Senado sobre o hor�rio de ver�o.
PINGAFOGO
O ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, embora tenha feito ressalvas como avaliar se houve “eventual ocorr�ncia de delito”, j� avisou que a Pol�cia Federal far� investiga��o caso sejam observados delitos pun�veis.
E disse mais: “Isto n�o vale apenas para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas para todos os brasileiros e brasileiras. Aquilo que for de compet�ncia da PF e tiver ind�cios de pratica criminosa ser� absolutamente investigado”.
Mais uma frente parlamentar mista foi lan�ada no Congresso esta semana. Desta vez, � a do Aperfei�oamento da Justi�a Brasileira. Uma tarefa dif�cil. Ser� necess�rio ter muita “agilidade” para atingir seus objetivos.
D�i no bolso. Em m�s pequeno e com carnaval e tudo, os pre�os nos sacol�es de Belo Horizonte subiram em m�dia 5,51%. Se servir de consolo, a carne ficou est�vel. Deve estar encalhada de t�o cara.
E o senador Delc�dio do Amaral (PT-MS), depois de longo e tenebroso inverno, conseguiu finalmente deixar a pris�o. Uma temporada e tanto na cadeia. Ele foi preso em 25 de novembro do ano passado.
E a tesoura afiada do governo federal vai atingir o Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC) e as emendas parlamentares. As emendas dos nobres deputados e senadores? O governo pode ir preparando o lombo.