
O governador Fernando Pimentel (PT) informou nesta segunda-feira, em coletiva, que o governo de Minas far� cortes de cerca de R$ 2 bilh�es nos gastos previstos para serem executados este ano. Segundo ele, o estado vive “momento grave, mas contorn�vel” em rela��o � arrecada��o e gastos. “Vamos nos desdobrar para que os cortes n�o signifiquem preju�zo para a popula��o, do ponto de vista do servi�o p�blico”, afirmou.
Ainda segundo ele, na pr�xima semana ser� enviado � Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) projeto de lei que trata da reforma administrativa que estabelecer� fim de cargos e fus�o em secret�rias. O objetivo da proposta � economizar. “A m�quina p�blica de Minas � uma das mais inchadas. � preciso que o estado caiba dentro do or�amento e hoje n�o est� cabendo”, afirmou. Pimentel culpa gest�es anteriores pelo d�ficit e o excesso de pessoal.
Para o secret�rio de Planejamento, Helv�cio Magalh�es, os cortes n�o v�o impactar servi�os para a popula��o. Ele garante que o contingenciamento n�o afetar� os investimentos em sa�de, educa��o e seguran�a p�blica. De acordo com a Secretaria de Planejamento e Gest�o (Seplag), 90% do or�amento est� comprometidos com despesas obrigat�rias, como os gastos com sa�de, educa��o, folha de pagamento e servi�o da divida. "Ent�o, tirando as despesas obrigat�rias do estado e essas despesas que n�o passam pelo caixa �nico sobram ao estado para gerenciamento R$ 5,2 bilh�es. Assim, desse total, passaremos para R$ 3,2 bilh�es”, explicou.
O or�amento aprovado para este ano previa inicialmente um d�ficit de R$ 8,9 bilh�es, com receitas estimadas em R$ 83,10 bilh�es e despesas em R$ 90,02 bilh�es. O estado tamb�m trabalha com a possibilidade de reduzir o comprometimento da receita com a d�vida com a Uni�o, assunto que vem sendo tratado com o governo federal. No fim do ano passado, o governo mineiro aprovou lei autorizando a renegocia��o do d�bito, modificando os par�metros, o que permitir� uma redu��o de R$ 8 bilh�es no montante.