O juiz federal S�rgio Moro decretou nesta segunda-feira o bloqueio de R$ 100 milh�es do marqueteiro Jo�o Santana, da mulher dele, Monica Regina Cunha Moura, e das duas empresas controladas pelo casal, a Santana & Associados Marketing e Propaganda Ltda. e a Polis Propaganda & Marketing Ltda.
"N�o importa se tais valores, nas contas banc�rias, foram misturados com valores de proced�ncia l�cita. O sequestro e confisco podem atingir tais ativos at� o montante dos ganhos il�citos", assinalou a decis�o.
O juiz considerou "os valores milion�rios" dos supostos crimes de corrup��o, lavagem de dinheiro e evas�o de divisas atribu�dos a Santana e aos outros investigados. Ele citou, como exemplo, "pagamentos ilegais, s� na Shellbill, de US$ 7,5 milh�es de d�lares".
O juiz observou que "na hip�tese probat�ria mais prov�vel, tais valores destinar-se-iam a remunerar os servi�os de publicidade prestados por Jo�o Santana e M�nica Regina ao Partido dos Trabalhadores, o que � bastante grave, pois tamb�m representa corrup��o do sistema pol�tico partid�rio".
Europa
O Minist�rio P�blico da Su��a confirmou nesta segunda que uma quantia "substancial" de dinheiro depositada em nome de Santana em um banco do pa�s foi congelada. As autoridades afirmaram que conduzem uma investiga��o que se concentrar� a partir de agora em ind�cios e suspeitas sobre partidos, pol�ticos e financiamento de campanhas - entre elas, a da presidente Dilma Rousseff em 2014.
Em um e-mail � reportagem, a procuradoria su��a indicou que n�o revelaria, por enquanto, o nome do banco ou os valores congelados em nome de Santana.
Os su��os j� congelaram mais de 300 contas relativas ao esc�ndalos da Petrobras e ampliaram as investiga��es diante de ind�cios de irregularidade envolvendo contas relativas � Odebrecht. No total, mais de US$ 400 milh�es haviam sido identificados com origem suspeita, o que levou o MP local a admitir que o sistema financeiro foi afetado.
� reportagem, pessoas pr�ximas ao processo admitiram, na condi��o de anonimato, que o caso deixou de ser "empresarial" e passou a ter "cunho pol�tico".