Press�o aumenta no TSE para cassar mandato de Dilma

Bras�lia - A Opera��o Acaraj� serviu de combust�vel para turbinar o desejo da oposi��o de cassar a chapa eleitoral vencedora em 2014 Dilma Rousseff/Michel Temer. Na avalia��o de ministros e ex-integrantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o envolvimento do marqueteiro Jo�o Santana em den�ncias de corrup��o agrava a j� delicada posi��o do governo, que enfrenta tamb�m um processo de impeachment na C�mara. Para o ministro Marco Aur�lio, do Supremo Tribunal Federal, a situa��o se torna “muito delicada”. Mas o magistrado pondera que � preciso aguardar a conclus�o das a��es e n�o antecipar desfecho. “Vamos ver como a relatora (ministra Maria Thereza Assis Moura) colocar� a mat�ria e que prevale�a o direito posto. O que for melhor em termos de harmonia com o direito. Sem d�vida alguma s�o fatos relevantes e que ter�o de ser examinados pelo TSE. E a situa��o se torna, sob a minha, �tica muito delicada. N�o podemos antecipar qualquer conclus�o, qualquer desfecho”, analisou o ministro.

Tr�s a��es e uma representa��o tramitam em separado no TSE em favor da cassa��o da chapa Dilma/Temer. O presidente nacional do partido, senador A�cio Neves (MG), disse que a pris�o de Santana � o “mais grave acontecimento de vincula��o da campanha da presidente Dilma Rousseff com o petrol�o”. Segundo ele, o partido pedir� hoje ao TSE que solicite as provas obtidas pela Lava-Jato contra Santana para anexar ao processo. Os tucanos querem ainda que a Corte escute um dos operadores do esquema de desvios da Petrobras para saber qual o motivo de ele ter feito dep�sitos em contas de Jo�o Santana no exterior.

No Pal�cio do Planalto, a an�lise � de que a associa��o de Santana � corrup��o desgasta ainda mais o governo, que j� est� enfraquecido com as crises econ�mica e pol�tica, al�m do impeachment que sofre da C�mara. “� como jogar gasolina no fogo”, afirmou um assessor ligado � Presid�ncia.

Outra tese levantada por interlocutores do terceiro andar do Planalto, onde est�o os principais ministros da articula��o, � que a nova fase da Opera��o Lava-Jato possa ser utilizada para trazer apoio popular para esquentar o debate do impeachment, que parecia esquecido por deputados na C�mara.

O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, afirmou que � compet�ncia da Pol�cia Federal explicar os supostos pagamentos irregulares recebidos por Santana. “Cabe a Pol�cia Federal saber quais foram as motiva��es dos pagamentos aos quais a pr�pria Pol�cia Federal se refere e por isso o juiz Moro decretou a tempor�ria do Jo�o Santana”, disse o ministro,

OPERA��O ACARAJ�

A 23ª fase da Opera��o Lava-Jato tem o marqueteiro do PT Jo�o Santana como principal alvo

A��ES
» 51 mandados judiciais expedidos pela Justi�a
» 38 de busca e apreens�o
» 2 de pris�o preventiva
» 6 de pris�o tempor�ria
» 5 de condu��o coercitiva
» 300 policiais federais
» Bloqueio judicial de RS 25 milh�es de contas de Jo�o Santana, da mulher, M�nica, de duas empresas dele e de campanhas do PT.

ESTADOS
» Rio de Janeiro (Angra dos Reis, Petr�polis e Mangatiba)
» S�o Paulo (Campinas e Po�)
» Bahia (Salvador e Cama�ari)

PRESOS
» Zwi Skornicki (preventiva), engenheiro apontado como operador do esquema bilion�rio de corrup��o na Petrobras. Teria operacionalizado pagamentos de propina no exterior.
» Vin�cius Veiga Borin (tempor�ria), administrador de empresas ligado a offshores controladas pela empreiteira Norberto Odebrecht
» Maria L�cia Guimar�es Tavares (tempor�ria), funcion�ria da Odebrecht
» Marcelo Rodrigues (tempor�ria), operador do esquema de corrup��o

Est�o fora do Brasil
» Jo�o Santana (tempor�ria), marqueteiro do PT nas �ltimas tr�s elei��es presidenciais
» M�nica Moura, mulher e s�cia de
Jo�o Santana na Polis Propaganda e Marketing LTDA
» Fernando Migliaccio (pris�o preventiva), funcion�rio da Odebrecht
» Benedicto Barbosa (tempor�ria), diretor-presidente da Construtora Norberto Odebrecht

HIST�RICO
Para quem Jo�o Santana trabalhou no Brasil

» 2002 – Delc�dio do Amaral
» 2004 – Gilberto Maggioni (Prefeitura de Ribeir�o Preto) e Vander Loubet (Prefeitura de Campo Grande)
» 2006 – Lula (presid�ncia)
» 2010 – Dilma Rousseff (presid�ncia)
» 2012 – Fernando Haddad (Prefeitura de S�o Paulo)
» 2014 – Dilma Rousseff (presid�ncia)

Clientes no exterior
» 2009 – Maur�cio Funes (El Salvador)
» 2012 – Danilo Medina (Rep�blica Dominicana), Hugo Ch�vez (Venezuela), Jos� Eduardo Santos (Angola)
» 2014 – Jos� Domingo Arias (Panam�)