S�o Paulo - Os tr�s concorrentes da elei��o interna do PSDB que definir� no domingo o candidato do partido na elei��o municipal de S�o Paulo participaram na noite desta ter�a-feira de uma debate tenso e pontuado por cr�ticas indiretas.
Por uma determina��o do diret�rio municipal tucano, os pr�-candidatos n�o puderam fazer perguntas entre si e responderam apenas questionamentos da plateia e de jornalistas. Fundador do Grupo de L�deres Empresariais (Lide), Doria foi questionado sobre a den�ncia, feita pelo vereador Adolfo Quintas (PSDB), de que ele estaria "cooptando" apoios mediante compensa��o financeira.
"Sou empres�rio privado. N�o tenho fun��o p�blica. Aqueles que participam conosco � porque querem", respondeu. Em seguida, o empres�rio ressaltou que, ao contr�rio dos advers�rios, que ocupam cargos eletivos, ele n�o teria "respaldo p�blico". O coment�rio irritou Matarazzo. "Jo�o Doria disse que n�s temos respaldo p�blico. N�s n�o temos respaldo p�blico nenhum", respondeu o vereador.
Da plateia, um aliado de Doria chamou Quintas de "pilantra" e foi repreendido por um correligion�rio de Matarazzo. "Pilantra � voc�". O vereador ent�o saiu em defesa do colega de parlamento. "O vereador Adolfo Quintas falou algo que ele deve saber. Falou por conta e risco. N�o admito que se fale de um vereador assim", disse Matarazzo.
Afinidade
Tripoli e Matarazzo, prov�veis aliados em um eventual segundo turno, demonstraram afinidade no discurso e evitaram cr�ticas entre si. Ambos minimizaram o apoio do governador Geraldo Alckmin a Doria. "Apoio voc� conquista. Cada eleitor tem um voto. O voto do Z� Favela � igual ao do governador, do senador e do ex-presidente", disse Tripoli.
Em uma indireta a Doria, que � filiado ao PSDB desde o ano 2000, mas nunca teve vida org�nica na legenda, o deputado afirmou que sua milit�ncia � antiga e que n�o precisa ser "apresentado" aos militantes.
Para ressaltar o apoio de Alckmin, Doria levou ao debate os secret�rios estaduais Saulo de Castro Abreu (Governo), Jo�o Carlos Meirelles (Energia) e Felipe Sigollo (adjunto de Desenvolvimento Social).
O empres�rio tamb�m foi cobrado, em um pergunta da plateia, por uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo que revelou que ele fez doa��es para pol�ticos do PT, do PCdoB e at� para o presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PMDB), que disputou o governo paulista em 2014 fazendo cr�ticas a Alckmin. "O Lide n�o tem posi��o partid�ria. Jos� An�bal (presidente do Instituto Teot�nio Vilela e aliado de Tripoli) j� participou de nossos eventos. Fizemos doa��es para candidatos do PCdoB, DEM, PT", disse o empres�rio.
J� Matarazzo foi cobrado por ter permanecido na gest�o do prefeito Gilberto Kassab (DEM) quando ele disputou, em 2008, a reelei��o contra Alckmin. "Cumpri o mandato do Serra (que foi eleito em 2004, mas deixou o mandato na metade para disputar o governo paulista). Quando eu estava na prefeitura, fui perguntar a ele (Alckmin) se achava que eu deveria sair. Ele respondeu: 'N�o h� menor necessidade disso.'" Matarazzo foi secret�rio das subprefeituras de Kassab e deixou o governo municipal em 2009.
Em outro momento, o vereador foi questionado sobre uma declara��o do senador tucano Jos� Serra, que � seu aliado, dizendo que considera "irritante" o carnaval de rua S�o Paulo organizado pela gest�o Fernando Haddad (PT) e o fechamento da Avenida Paulista aos domingos.
"Serra estava irritado com o carnaval de rua porque mora na Vila Madalena. Por isso se incomodou um pouco. Ningu�m est� reclamando do fechamento da Avenida Paulista. � uma coisa que funcionou. As pessoas gostam, mas pode se aperfei�oar. Isso n�o pode ser o problema central."