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Estado de Minas

Lobista fez repasses a Santana na Su��a durante a campanha de Dilma

Os pagamentos, que foram feitos por uma offshore, a Deep Sea Oil Corp, de Zwi Skornicki, p�e em xeque a defesa de Santana que diz que os valores recebidos no exterior foram relativos a servi�os prestados por ele fora do Brasil


postado em 24/02/2016 07:49 / atualizado em 24/02/2016 08:31

Santana, a mulher e sócia dele, Mônica Moura, e Skornick estão presos em Curitiba (foto: AFP PHOTO / STR )
Santana, a mulher e s�cia dele, M�nica Moura, e Skornick est�o presos em Curitiba (foto: AFP PHOTO / STR )

A conta atribu�da pela Opera��o Lava Jato na Su��a ao marqueteiro Jo�o Santana recebeu tr�s dep�sitos que totalizaram US$ 1,5 milh�o em 2014, per�odo em que ele cuidava da campanha da presidente Dilma Rousseff. Houve um pagamento em 10 de julho, um em 6 de setembro e um terceiro em 4 de novembro daquele ano. Os pagamentos foram feitos por uma offshore, a Deep Sea Oil Corp, de Zwi Skornicki.

Os repasses constam de uma tabela em poder da Pol�cia Federal e do Minist�rio P�blico Federal, montada com dados enviados pelo Citibank North America, de Nova York, com base em um pedido de coopera��o internacional. O per�odo em que foram efetuados os tr�s pagamentos p�e em xeque a defesa de Santana. Segundo o marqueteiro, os valores recebidos no exterior foram relativos a servi�os prestados por ele fora do Brasil.

Em 2014, Santana se dedicou prioritariamente a atender Dilma. Naquele ano, a campanha come�ou oficialmente em julho e terminou em novembro, com a reelei��o dela.

Santana, a mulher e s�cia dele, M�nica Moura, e Skornick est�o presos em Curitiba - todos s�o alvo da Opera��o Acaraj� - 23.ª fase da Lava Jato deflagrada anteontem. O casal estava no Rep�blica Dominicana e se apresentou ontem � PF. Skornicki, apontado como operador de propina, foi preso anteontem.

Pagamentos

Na tabela em poder da Lava Jato est�o d�bitos e cr�ditos da conta mantida no Banque Heritage, na Su��a, em nome da offshore Shellbill Finance, que, segundo a for�a-tarefa, � de Santana - e que passaram pela ag�ncia do Citibank em Nova York. Ao todo, foram identificados nove dep�sitos da conta secretada de Zwi Skornicki, entre 2008 e 2015, totalizando US$ 4,5 milh�es.

"Identificaram-se, ainda, ao menos nove dep�sitos de Zwi Skornicki e Bruno Skornicki, a partir de conta no banco Delta National Bank & Trust CO. mantida em nome da offshore Deep Sea Oil Corp., em favor da conta do Banque Heritage aberta em nome da offshore Shellbill, cujos benefici�rios s�o Jo�o Santana e M�nica Moura, mediante a utiliza��o da conta correspondente do Citibank North America, New York, no valor total de USD 4.500.000", disse o delegado Filipe Hille Pace.

O primeiro pagamento da offshore para a suposta conta secreta de Santana � de 25 de setembro de 2013. Outros dois ocorrem no mesmo ano, em novembro e dezembro. Todas as nove transfer�ncias feitas pela Deep Sea Oil a Santana s�o de US$ 500 mil cada uma. Em 2014, os primeiros pagamentos foram feitos em fevereiro, mar�o e abril. Os pagamentos voltaram a ocorrer em julho, quando a campanha eleitoral no Brasil j� havia come�ado oficialmente, em setembro e novembro.

A PF apura informa��o de que a conta aberta em nome da offshore Shelebill recebeu bem mais do que os US$ 7,5 milh�es j� identificados com a ajuda dos EUA. "N�o estamos apurando crime eleitoral, nosso interesse � o suposto crime de lavagem de dinheiro", afirmou Pace. A Lava Jato mira no uso de doa��es como forma de ocultar propina.

TSE

Em manifesta��o protocolada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ontem, o PSDB pede que sejam acrescentados no processo em que a legenda pede a cassa��o do mandato de Dilma e do vice Michel Temer os documentos obtidos na Acaraj�. O PSDB tamb�m pede que seja tomado o depoimento de Skornicki. "De grande import�ncia igualmente se faz a oitiva, como testemunha, de Zwi Skornicki, apontado como o respons�vel pelas remessas de valores irregulares", diz o pedido.

Vice-presidente do TSE, Gilmar Mendes disse ontem que � poss�vel incluir novas provas da Lava Jato no processo em curso no tribunal. "Os fatos s�o pr�-existentes. As provas � que s�o novas. E o momento (de incluir novas provas) � esse. Agora que abriu para instru��o processual, encerrou essa fase de defesa."


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