S�o Paulo, 24 - O vice-presidente da Rep�blica, Michel Temer (PMDB) afirmou na manh� desta quarta-feira, 24, que h� uma vis�o demasiado pessimista sobre a situa��o do Brasil, argumentando que o Pa�s tem muitas oportunidades, "n�o parou e vai continuar".
A declara��o foi dada durante evento promovido pela revista Carta Capital em S�o Paulo. Em nenhum momento ele mencionou a decis�o da Moodys, que, nesta manh�, rebaixou o rating do Brasil em dois graus.
"Eu tenho recebido investidores estrangeiros interessados em investir no Brasil. E o empres�rio investe em fun��o do futuro, se (a perspectiva) n�o for saud�vel, ningu�m far� investimentos", comentou.
Ele lembrou o programa de concess�es em log�stica e disse que esses projetos tamb�m ajudam na gera��o de empregos. "Na �rea de portos, cada milh�o de tonelada processada no porto representa 300 novos empregos. Em 2015 houve 1 bilh�o de toneladas processadas, ent�o imagine quanto se mant�m de emprego e quanto se pode desenvolver mais ainda nos pr�ximos tempos", disse.
O vice-presidente ressaltou que o governo s� consegue avan�ar se houver coopera��o com a iniciativa privada. "Neste momento estamos em fase passageira de elimina��o de empregos, mas a infraestrutura tem por objetivo a recupera��o do emprego", afirmou Temer. "Estamos precisando de certa inje��o de otimismo", acrescentou.
Crise
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O vice-presidente comentou que estabeleceu-se uma tese muito acentuada de que o Brasil est� em crise, mas disse que essa palavra � usada de forma indiscriminada. "Ela tem grada��es, pode ser uma crise administrativa, que se resolve com mudan�a de ministros, por exemplo. Pode ser pol�tica, que significa inexist�ncia de apoio ao governo, que se resolve pelo di�logo com o Congresso. E pode ser econ�mica, que � um pouco mais dram�tica, e � resolvida pela integra��o do setor produtivo e governo". Segundo ele, o Brasil passa por um momento de "ajustamento, reprograma��o da economia".
Temer lembrou que no Brasil a ideia de lucro ainda � ligada ao pecado, e � preciso eliminar esse preconceito. O vice-presidente lembrou que o povo agora deseja uma democracia da efici�ncia e minimizou os recentes protestos populares contra o governo. "Isso � da democracia".