Procuradoria diz que dela��o n�o gera suspeita sobre Jacques Wagner

Bras�lia, 24 - Em manifesta��o ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) sustentou que n�o h� dados prestados na dela��o de Walmir Pinheiro, executivo da UTC, que gerem suspeita sobre o ministro Jaques Wagner (Casa Civil). A colabora��o do executivo serviu de embasamento para o pedido feito pela PGR em novembro do ano passado e encaminhado ao gabinete do ministro Celso de Mello, que analisou a manifesta��o no �ltimo dia 19.

O arquivamento da men��o a Wagner, portanto, n�o guarda rela��o com as trocas de mensagens entre o ministro e o ex-presidente da OAS Jos� Adelm�rio Pinheiro Filho, o L�o Pinheiro. Conforme a reportagem revelou, investigadores da Lava Jato identificaram men��es ao nome do pol�tico e L�o Pinheiro. Os registros foram obtidos por meio da apreens�o do celular do executivo. Os di�logos indicam, por exemplo, que Wagner, ent�o governador da Bahia, teria ajudado a OAS na libera��o de recursos do governo federal. Ele tamb�m teria intermediado o financiamento de campanhas municipais em Salvador em 2012, no per�odo em que esteve no governo estadual.

A pe�a da PGR � assinada pela vice-procuradora-geral da Rep�blica, Ela Wiecko. Ela pede ainda o arquivamento de men��es feitas aos deputados Paulinho da For�a (PSD-SP) e Luiz S�rgio (PT-RJ). "Walmir Pinheiro Santana tamb�m faz alus�o a doa��es eleitorais oficiais aos deputados federais Paulinho da For�a e Luiz S�rgio Nobrega de Oliveira, bem como ao ministro Jaques Wagner. Contudo, n�o fornece dados que gerem suspeita de ilicitude no pagamento e recebimento dessas vantagens. Por tal raz�o, revela-se necess�rio o arquivamento dos autos em rela��o aos indiv�duos mencionados, detentores de prerrogativa de foro perante o STF", escreveu a vice-procuradora-geral.

Na dela��o, Walmir Pinheiro afirmou que "jamais esteve" com Jaques Wagner, mas que sabe que Ricardo Pessoa, dono da UTC, conhece o ministro desde o tempo em que era engenheiro. Ele afirmou ainda que Pessoa teria feito doa��es para a campanha de Jaques Wagner de 2006 e que os repasses "sempre foram oficiais e fruto das rela��es de amizade". Ele respondeu ainda que a UTC tem duas obras na Bahia, Estado pol�tico do ministro da Casa Civil.