(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Jo�o Santana admitiu � PF recebimentos em conta secreta por campanhas no exterior

Ouvido cerca de tr�s horas, Santana disse que abriu a conta ShellBill "em 1998 para receber recursos de uma campanha na Argentina e foi a forma como ele tinha para receber"


postado em 25/02/2016 16:49 / atualizado em 25/02/2016 17:33

O marqueteiro Jo�o Santana, preso h� dois dias alvo da 23ª fase da Opera��o Lava-Jato, afirmou � Pol�cia Federal, na manh� desta quinta-feira, que � dono da offshore Shellbill Finance SA, na Su��a, e que os valores recebidos em suas contas foram por servi�os prestados a campanhas eleitorais no exterior, entre elas a de Angola e do Panam�. Confirmou ainda recebimentos da Odebrecht e do operador de propinas Zwi Skornicki, lobista do estaleiro Keppel Fels.

"O mais importante de tudo � que eles admitiram erros", afirmou o criminalista F�bio Tofic Simantob, que defende Santana e a mulher, M�nica Moura, na sa�da da Superintend�ncia da PF, em Curitiba. "Admitiram ter recebido recursos no exterior de conta n�o declarada", completou.

Ouvido cerca de tr�s horas, Santana disse que abriu a conta ShellBill "em 1998 para receber recursos de uma campanha na Argentina e foi a forma como ele tinha para receber". "Na �poca achava que n�o tinha problema, porque era recurso recebido em outros pa�ses. Ele achava que n�o tinha problema em ser conta n�o declarada", explicou Tofic.

A Lava-Jato aponta o recebimento de US$ 7,5 milh�es, entre 2012 e 2014, nessa conta de dois investigados por corrup��o na Petrobr�s, o Grupo Odebrecht e o operador de propinas do estaleiro Keppel Fels, Zwi Skornicki - tamb�m preso na Opera��o Acaraj�.

Tofic explicou que foi em uma auditoria que Santana foi informado que "havia essa irregularidade" no uso da conta secreta e "estava pensando j� em como regularizar esses recursos". "(Santana) se sente inclusive aliviado, ele disse que essa conta para ele � um tormento".

Doa��o

Tofic disse que os clientes detalharam � PF que os US$ 4,5 milh�es repassados para a conta da Shellbill Finance, por meio de sua offshore do lobista Zwi Skornicki, a Deep Sea Oil, foi uma "doa��o a um partido Angolano".

Foi M�nica, ouvida nesta quarta-feira, que deu os detalhes sobre os valores. Tofic explicou que Santana cuidava mais da cria��o das campanhas e a mulher tinha mais conhecimento da parte financeira. "Ela n�o sabe dizer qual � a rela��o que esse cidad�o (Zwi) teria com o partido angolano, provavelmente algum interesse que ele teria naquele pa�s, e que era uma divida antiga".

"Nessa �rea de marketing eleitoral voc� demora muito a receber alguns valores. Ela (M�nica) diz que havia esse valor pendente, ela cobrava insistentemente, ate que eles disseram que procurasse esse rapaz que ele saldaria a divida", afirmou o criminalista.

Jo�o Santana afirmou nunca ter visto Zwi, que o conheceu pela primeira vez na carceragem da PF, em Curitiba.

Outros US$ 3 milh�es foram pagos � conta Shellbill Finance por offshores que seria controladas pela Odebrecht, aponta a Lava-Jato. Segundo a defesa de Santana, M�nica "confirmou que houve de fato pagamentos feitos" pela empreiteira, "em rela��o a uma campanha no exterior".

"O Jo�o n�o sabe disso. O Jo�o � um criador, n�o trabalha com a quest�o financeira, com quest�o banc�ria. Ele tinha pouco conhecimento de como eram feitos os pagamentos", disse o advogado

Campanha de Dilma


"Em rela��o ao PT est� tudo declarado ao TRE, n�o h� nada a esconder", disse o advogado do marqueteiro do PT. O advogado disse que Santana explicou que o dinheiro recebido no exterior n�o tem rela��o com os recebimentos por campanhas eleitorais no Brasil.

O marqueteiro fez as �ltimas tr�s campanhas presidenciais do PT, Dilma Rousseff (2010 e 2014) e Luiz In�cio Lula da Silva (2006), e a do prefeito de S�o Paulo, Fernando Haddad (2012).

Pris�o

O criminalista diz acreditar agora que as pris�es tempor�rias do marqueteiro do PT e sua mulher sejam revistas. "O que sobrou s�o suposi��es. Voc� tem dois empres�rios honestos presos na sede da PF. Est�o presos h� dois dias com base em mera suposi��o. O que se espera agora � que, feitos os esclarecimentos, sejam revogadas as pris�es".

O advogado afirmou que ap�s os dois depoimentos "ficou claro que eles n�o t�m nada a esconder". "Pediram que seja aberto todo e qualquer sigilo financeiro e banc�rio atrav�s da pol�cia, para que acelere a investiga��o."


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)