No PT do Rio de Janeiro a informa��o na noite de ontem era que a agenda de Dilma na festa de s�bado estava mantida, pois n�o houve nenhum comunicado de desist�ncia. O presidente da legenda no estado, o prefeito de Maric�, Washington Quaqu�, disse n�o fazer quest�o da presen�a da presidente no evento na zona portu�ria do Rio. Disse, por�m, que fala apenas em seu nome e n�o do partido. Quaqu� est� entre os petistas contr�rios � pol�tica econ�mica do governo.
Dilma estaria irritada com posicionamentos de integrantes do partido contr�rios � sua condu��o do governo. Ela teria inclusive se recusado a gravar participa��o na propaganda partid�ria exibida na ter�a-feira, que provocou novos panela�os em v�rios estados. A expectativa � de que o Diret�rio Nacional da legenda suba o tom das cr�ticas ao Planalto em uma resolu��o a ser editada no evento. J� o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, alvo de investiga��o da Pol�cia Federal, ser� defendido pelos pares.
O secret�rio nacional de assuntos institucionais do PT, deputado federal Reginaldo Lopes (MG), disse esperar a presen�a de Dilma, que chegou a confirmar � Executiva Nacional que iria � festa. “Defendo que ela participe justamente para n�o aumentar a desconfian�a de que ela e o partido estariam se distanciando. � o partido que milita a favor dela”, afirmou. Lopes, por�m, refor�ou o coro dos insatisfeitos, principalmente pelas a��es do governo na economia e, agora, com a aprova��o do projeto que tira da Petrobras a exclusividade da explora��o do pr�-sal. Para ele, a flexibiliza��o deixa o pr�-sal vulner�vel.
Outros petistas, incluindo o presidente da legenda Rui Falc�o, foram mais r�spidos. Em nota, ele disse que, apesar da derrota sofrida, o PT “continuar� empenhado em resistir ao retrocesso representado por essa mudan�a na lei”. O dirigente disse ainda que a bancada na C�mara trabalhar� contra a medida, assim como fizeram os senadores. Com o discurso de que o projeto de Serra entrega o pr�-sal aos estrangeiros, v�rios parlamentares petistas protestaram ontem conta a aprova��o da mat�ria. Um deles, o senador Lindbergh Farias, disse sentir vergonha e estar “perplexo” com a mudan�a de orienta��o do governo.
Outro motivo de diverg�ncia � a reforma da Previd�ncia, que seria tema do discurso da petista caso ela resolva comparecer �s comemora��es do PT. Segundo Reginaldo Lopes, a posi��o do partido � de apoiar uma proposta somente se ela for originada no f�rum de discuss�o criado para este fim.
Temendo que o anivers�rio se torne palco de v�rios discursos de ataque � pol�tica econ�mica, ministros teriam procurado nos �ltimos dias o presidente Rui Falc�o e lideran�as parlamentares. A movimenta��o foi para evitar constrangimentos. A comemora��o come�a hoje com uma reuni�o do diret�rio nacional na qual deve ser aprovado um documento com cr�ticas � pol�tica econ�mica e um semin�rio da Funda��o Perseu Abramo. Amanh� a agenda prev� show do sambista Diogo Nogueira e s�o esperadas 3 mil pessoas. O cach� do cantor e o custo da festa n�o foram informados pelo PT. (Com ag�ncias).
A��es no TSE
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli, decidiu reunir com uma �nica relatora as quatro a��es que tramitam na Corte e podem gerar a impugna��o de mandato da presidente Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer. At� hoje, um dos processos ficava sob relatoria do ministro Luiz Fux enquanto os demais eram conduzidos pela corregedora-geral da Justi�a Eleitoral, Maria Thereza de Assis Moura. Em despacho ontem, Toffoli encaminhou ao gabinete de Maria Thereza a representa��o que estava nas m�os de Fux. A remessa do caso � corregedora � justificada por Toffoli em raz�o da preced�ncia na distribui��o de processos. A primeira a��o das quatro propostas pelo PSDB � Justi�a eleitoral que pede a investiga��o da campanha presidencial foi distribu�da � corregedoria-geral eleitoral. Por essa raz�o, pelo entendimento do presidente da Corte, as demais devem permanecer com a ministra.