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Estado de Minas

Em uma semana, PF apura rombo de R$ 2,1 bilh�es em tr�s opera��es

Opera��es da Pol�cia Federal em apenas uma semana indicam preju�zo bilion�rio aos cofres p�blicos. Nova investiga��o revela que propina chegou �s ferrovias Norte-Sul e Leste-Oeste


postado em 27/02/2016 06:00 / atualizado em 27/02/2016 07:52

(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Em apenas uma semana, tr�s opera��es desencadeadas pela Pol�cia Federal revelaram um rombo de R$ 2,165 bilh�es nos cofres do pa�s. Nova investida da Lava-Jato, que apura desvios de recursos da Petrobras, a Opera��o Acaraj� descobriu US$ 7,5 milh�es (R$ 30 milh�es) em contas no exterior do marqueteiro da presidente Dilma Rousseff, Jo�o Santana, e sua mulher, M�nica Moura, que seriam oriundos de propina. Na 6ª fase da Zelotes – que investiga a compra de medidas provis�rias por setores da ind�stria e retirada de multas da Receita Federal –, o calote nos cofres da Uni�o foi o mais alto: R$ 1,5 bilh�o, que teve como alvo o grupo Gerdau. E, ontem, a Opera��o Recebedor – ramifica��o da Lava-Jato que apura pagamento de propina em obras das ferrovias Norte-Sul e integra��o Leste-Oeste – indicou que pelo menos R$ 635 milh�es foram desviados com o superfaturamento da obra.

 

Segundo a Pol�cia Federal, o principal alvo da Recebedor � o ex-presidente da Valec Engenharia, Constru��o e Ferrovias Jos� Francisco das Neves, o Juquinha, que esteve � frente da empresa, ligada ao Minist�rio dos Transportes, enntre 2008 a 2011. De acordo com o Minist�rio P�blico Federal (MPF) em Goi�s, o nome de Neves apareceu em depoimentos e provas apresentadas pela Construtora Camargo Corr�a, que firmou acordo de leni�ncia – quando a empresa se compromete a dar informa��es sobre o esquema criminoso em troca de redu��o de penalidade – com o MPF.

Conforme as investiga��es, as empreiteiras respons�veis pelas obras das ferrovias Norte-Sul e Integra��o Leste-Oeste realizavam pagamentos regulares, pCor meio de contratos simulados, a um escrit�rio de advocacia e mais duas empresas sediadas no estado de Goi�s, utilizadas como fachada para maquiar origem l�cita para o dinheiro proveniente de fraudes em licita��es p�blicas.


Propina

A PF apurou que Juquinha � o respons�vel por receber e cobrar o pagamento da propina. De acordo com informa��es da Camargo Corr�a, no acordo de leni�ncia, mesmo ap�s ter sido desligado da Valec, ele continuou a receber propina por meio do assessor Josias Gonzaga Cardoso, que tamb�m foi secret�rio de governo de Goi�s. “O m�todo utilizado para o recebimento de propina consistia na realiza��o, pelas empreiteiras executoras das obras, de pagamentos a um escrit�rio de advocacia e para mais duas empresas sediadas em Goi�s e indicadas por ‘Juquinha’, sendo que os pagamentos n�o se referiam a servi�os efetivamente realizados, utilizando-se contratos de fachada para dar apar�ncia de legalidade aos pagamentos feitos pelas empreiteiras em benef�cio de Juquinha, disse, em nota o MPF, que integra a for�a-tarefa da opera��o.

De acordo com os investigadores, h� ind�cios da “pr�tica de sobrepre�o, superfaturamento, crimes contra a Lei de Licita��es, a exemplo de forma��o de cartel, corrup��o passiva, desvio de recursos p�blicos e lavagem de dinheiro, praticados pela empresa estatal Valec” nas obras da Ferrovia Norte-Sul. Os ind�cios apontam que pr�tica similar tamb�m foi adotada na Ferrovia de Integra��o Leste-Oeste durante o per�odo em que Neves esteve � frente da empresa.

O nome da opera��o � uma refer�ncia � defesa apresentada por Juquinha em uma investiga��o criminal anterior denominada Trem Pagador. Durante a apura��o, os advogados afirmaram que “se o trem era pagador, Juquinha n�o foi o recebedor”. Na �poca, os investigadores identificaram patrim�nio de Neves de aproximadamente R$ 60 milh�es. Ontem a PF executou sete mandados de condu��o coercitiva (quando a pessoa � levada para prestar depoimento e depois � liberada) e 44 mandados de busca, que est�o sendo cumpridos nos estados do Paran�, Maranh�o, Rio de Janeiro, de Minas Gerais, S�o Paulo, Goi�s e no Distrito Federal. (Com ag�ncias)

 


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