Anastasia e Patrus afirmam que n�o s�o candidatos

�nicos nomes capazes de evitar a pulveriza��o da disputa � Prefeitura de Belo Horizonte – que j� re�ne meia d�zia de candidatos e deve chegar a uma dezena –, o senador Antonio Anastasia (PSDB) e o ministro do Desenvolvimento Agr�rio, Patrus Ananias (PT), se reuniram ontem no escrit�rio do tucano na capital mineira. A pauta anunciada foi a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 47/2012, aprovada na semana passada na Comiss�o de Constitui��o, Justi�a e Cidadania do Senado, relatada por Anastasia. Instados v�rias vezes pelos respectivos partidos a concorrer, eles reiteraram ontem que n�o s�o candidatos � sucess�o de Marcio Lacerda (PSB).

“Sou ministro do Desenvolvimento Agr�rio, todas as minhas energias est�o voltadas para as prioridades que estabelecemos para o desenvolvimento da agricultura familiar no Brasil e para assentar em condi��es dignas as fam�lias acampadas”, disse Patrus. “J� declarei muitas vezes que n�o participarei da campanha como candidato”, disse Anastasia. Mas o tucano e o petista participar�o das campanhas, em palanques opostos. “Em Minas as ideias brigam, mas os homens n�o. Essa � a nossa tradi��o”, disse Patrus. “O fato de sermos advers�rios pol�ticos n�o afastam as amizades e os pontos em comum”, apoiou Anastasia. O gesto distensiona �nimos acirrados entre petistas e tucanos.

Sem as duas desejadas candidaturas pelos respectivos grupos pol�ticos, o andor das elei��es municipais na capital mineira segue acumulando muitos pretendentes. O cen�rio que se desenha � de uma disputa que se resolver� no segundo turno. No campo de apoio ao governo Fernando Pimentel (PT) s�o pr�-candidatos no PT, o deputado federal Reginaldo Lopes e o deputado estadual Rog�rio Correia; no PCdoB, o secret�rio de estado de Turismo, M�rio Caixa; e no PMDB, os deputados federais Rodrigo Pacheco ou Leonardo Quint�o. Todos esses partidos estar�o na disputa. H� ainda o deputado federal Eros Biondini, que deixou o PTB para filiar-se ao PROS com o prop�sito de tamb�m lan�ar-se na corrida.

No campo oposto, tucanos e socialistas ainda n�o t�m acordo em torno de uma chapa �nica. Marcio Lacerda defende um perfil mais t�cnico, e trabalha principalmente por um dos tr�s nomes: o diretor-presidente da Cenibra, Paulo Brant, o c�nsul do Jap�o Wilson Brumer ou o secret�rio municipal de Obras e Infraestrutura, Josu� Valad�o. Mas os tucanos, querem um pol�tico no cargo e buscam um consenso em que Josu� Valad�o seja o candidato a vice. No acordo que procura costurar com o prefeito, o PSDB oferece-lhe a candidatura ao governo de Minas em 2018 ou a candidatura ao Senado Federal. S�o pr�-candidatos tucanos os deputados estaduais Jo�o V�tor Xavier e Jo�o Leite, o primeiro com menor probabilidade de ser indicado.

No campo aliado do PSDB, o ex-governador Alberto Pinto Coelho (PP) � candidato, assim como o vice-prefeito D�lio Malheiros, hoje no PV. Malheiros chegou a ser convidado para migrar para o PSDB, mas ainda sem a garantia de que seria indicado, empurrou a decis�o para 2 de abril, data limite para que candidatos se filiem a novos partidos. Mais pr�ximo a esse grupo, tamb�m est� confirmada a candidatura do deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT). No DEM, cresce o nome do deputado estadual Gustavo Corr�a.

Ainda estudando o cen�rio pol�tico para definir de que lado ficar�o na disputa, o presidente da C�mara Municipal de Belo Horizonte, Wellington Magalh�es (PTN) trabalha uma federa��o de pequenas legendas e procurar� negociar a posi��o de vice na chapa mais promissora. O deputado federal Marcelo �lvaro Ant�nio, que havia migrado do PRP para o PMB e estudava novo destino, possivelmente o PTN, tende a definir-se pelo PR, por onde se lan�ar�.

Emenda

Patrus Ananias cumprimentou Anastasia, relator da PEC 47/2012, aprovada na Comiss�o de Constitui��o, Justi�a e Cidadania do Senado, por ter modificado a proposta original que, em princ�pio, previa a estadualiza��o da quest�o agr�ria, o que significaria repassar aos estados a compet�ncia pela reforma agr�ria. “A boa not�cia � que o senador, em seu parecer j� aprovado, estabeleceu que a quest�o agr�ria � mais ampla, mas pol�ticas agr�rias � que s�o da compet�ncia dos estados. Este sim � um tema que diz respeito ao pacto federativo afeto � Uni�o, aos estados e aos munic�pios. Vamos trabalhar juntos com as nossas bancadas para aprovarmos essa emenda no Senado”, disse Patrus.