Impulsionada pela pris�o do ex-marqueteiro do PT Jo�o Santana, a retomada das discuss�es do impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo PMDB vai se dar com uma nova estrat�gia. O grupo do vice-presidente Michel Temer avalia como vital um entendimento com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Al�m disso, acredita que � preciso atuar de forma discreta - quase silenciosa - ao contr�rio do que ocorreu no semestre passado.
O primeiro passo de reaproxima��o de Temer e Renan foi dado na quinta-feira, quando os dois almo�aram no Pal�cio do Jaburu. Segundo aliados de ambos, a conversa teve como principal pauta a forma��o da chapa �nica que ser� apresentada na Conven��o do PMDB. Na oportunidade, Temer deve ser reconduzido como presidente da sigla - ele est� no posto desde 2001. Desta vez, por�m, ter� de abrir mais espa�o para o PMDB do Senado.
Para um senador que � pr�ximo tanto de Renan quanto de Temer, antes de qualquer a��o em torno do impeachment, � preciso garantir o m�ximo de unidade poss�vel dentro do partido. Segundo ele, houve uma precipita��o de Temer no semestre passado. "Ele n�o vai cometer os mesmos erros agora", concluiu.
Em novembro do ano passado, houve estardalha�o no lan�amento de um conjunto de propostas econ�micas do chamado "Plano Temer". O documento foi elaborado pelo presidente da Funda��o Ulysses Guimar�es, Moreira Franco, que chegou na oportunidade a usar hastag #impeachment ao tratar do assunto nas redes sociais. Neste ano, Moreira j� adotou um tom mais moderado.
"O impeachment n�o � obra de uma pessoa de um partido e tampouco do Congresso Nacional. O impeachment � consequ�ncia de um ambiente na sociedade de repulsa majorit�ria consolidada a uma situa��o posta dentro das regras a Constitui��o", disse Moreira em entrevista ao Estado na semana passada.