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Estado de Minas

Dela��o da Andrade Gutierrez relata pagamento para 1� campanha de Dilma

Em 2010, a ag�ncia de propaganda Pepper recebeu 16 pagamentos da Andrade Gutierrez, entre janeiro e dezembro, que somaram R$ 6,5 milh�es


postado em 02/03/2016 08:19 / atualizado em 02/03/2016 08:41

Bras�lia e S�o Paulo - Executivos da Andrade Gutierrez relataram nos depoimentos de dela��o premiada no �mbito da Opera��o Lava-Jato que a companhia realizou pagamentos diretos a empresa contratada pela campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010. Eles tamb�m afirmaram, segundo fontes com acesso � investiga��o, que a empreiteira pagou por pesquisas eleitorais que mostravam a ent�o candidata Dilma Rousseff na frente de advers�rios em momentos importantes da campanha.

No total, 11 executivos da empresa, a segunda maior empreiteira do Brasil, fizeram acordo de dela��o, entre eles Ot�vio Azevedo, ex-presidente do grupo, e Fl�vio Barra, ex-presidente da Andrade Gutierrez Energia. Nenhuma foi homologada at� agora. O pr�prio Azevedo entregou aos investigadores nomes dos executivos do grupo.

Em 2010, a ag�ncia de propaganda Pepper recebeu 16 pagamentos da Andrade Gutierrez, entre janeiro e dezembro, que somaram R$ 6,5 milh�es. Conforme as investiga��es em curso, o contrato com a empreiteira seria fict�cio. Os recursos teriam bancado, na pr�tica, servi�os para a campanha de Dilma.

A coliga��o de Dilma Rousseff contratou oficialmente a ag�ncia Pepper naquele mesmo ano para divulgar a candidatura da petista nas redes sociais por R$ 6,5 milh�es. A Pepper � investigada na Opera��o Acr�nimo que tem como um dos alvos o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT).

Azevedo contou na dela��o, ainda, que sua empresa participou de esquemas em outras obras, al�m da Petrobras.

Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ouvidos pela reportagem disseram que o pagamento a fornecedores de campanha eleitoral pela empreiteira � um forte indicativo da ocorr�ncia de caixa 2 durante a disputa presidencial. O fato, no entanto, n�o � capaz de gerar efeitos no atual mandato da presidente Dilma, pois s�o relativos � gest�o passada, encerrada em 2014. Para os ministros da corte, cabe eventual investiga��o apenas de origem criminal sobre os pagamentos.

Odebrecht


A dela��o dos executivos da Andrade Gutierrez motivou a Odebrecht, a maior empreiteira do Brasil, a iniciar discuss�es internas sobre a possibilidade de seus executivos tamb�m colaborarem. O ex-presidente da empresa Marcelo Odebrecht, preso desde junho do ano passado, ficou incomodado com o fato de Ot�vio Azevedo ter iniciado processo de dela��o mesmo depois de ter relutado a entregar o esquema de corrup��o na Petrobras. As duas empreiteiras sempre foram parceiras em obras.

Segundo fontes, a empreiteira tamb�m tem sido pressionada por bancos que j� exigiram o afastamento de Marcelo da presid�ncia da empresa no passado, pois est�o preocupados com o efeito da Lava-Jato sobre as finan�as do grupo.

At� agora, ao menos dois ex-executivos da Odebrecht teriam se convencido a fazer dela��o e a empresa pensa num acordo de leni�ncia, mas as discuss�es foram apenas em �mbito interno. Marcelo Odebrecht teria dado seu aval, mas ele pr�prio ainda resiste a colaborar. As defesa dos ex-executivos da Odebrecht - entre eles Rog�rio Ara�jo e M�rcio Faria - negam que eles estejam negociando acordo de dela��o premiada.

O advogado Juliano Breda, constitu�do pela Andrade, disse que "a posi��o da empresa � n�o comentar especula��es".

A Pepper informou que n�o falaria sobre uma investiga��o em curso. O coordenador financeiro da campanha presidencial de 2010, Jos� de Filippi Jr., informou, em nota, que os servi�os da Pepper � campanha da petista em 2010 "foram regularmente contabilizados e aprovadas pelo TSE".


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