O presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), informou nesta quarta-feira, 02, que pretende recorrer do andamento do processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de �tica em todas as inst�ncias que forem poss�veis. O peemedebista afirmou que certamente apresentar� recursos diante dos "erros" cometidos na condu��o do processo. "As nulidades s�o flagrantes e ser�o contestadas", declarou.
Cunha criticou a aprova��o da admissibilidade com o voto de desempate do presidente do colegiado, Jos� Carlos Ara�jo (PSD-BA). O peemedebista reclamou que Ara�jo n�o se pronunciou sobre o questionamento de sua suspei��o na condu��o dos trabalhos (o que colocaria em xeque a vota��o), e que ontem seus aliados foram surpreendidos com a vota��o noturna, que foi preciso buscar deputados em casa. "Continuam praticando erros em s�rie, buscando sempre manter aquela aura que tem que voltar atr�s, que isso gera manobra", afirmou. Para ele, h� descumprimento do regimento interno e a demora no julgamento se d� aos supostos equ�vocos cometidos por Ara�jo.
Em sua avalia��o, as mudan�as de �ltima hora no parecer do relator Marcos Rog�rio (PDT-RO) colocaram um "limite razo�vel � situa��o entre os absurdos" feitos no colegiado. Para ele, o resultado ficou "um pouco mais razo�vel" por separar o que cabe ao colegiado apurar e ao Judici�rio investigar. "O resultado de ontem afastou boa parte do voto original", comentou.
Sobre o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), Cunha revelou que acompanhou pela TV apenas a exposi��o de sua defesa. "S� no in�cio do discurso do relator ele j� afastou mais da metade das acusa��es do Minist�rio P�blico. � uma coisa muito �bvia, eu n�o poderia participar de um ato de corrup��o num per�odo em que eu nem conhecia aquelas pessoas. Isso ficou muito claro com o voto. Com o tempo, a verdade acaba surgindo e voc� acaba comprovando", afirmou.
O peemedebista voltou a repetir que, mesmo que se torne r�u, n�o significar� que ser� condenado e disse que a decis�o dos ministros n�o interferir� nos trabalhos da C�mara. "At� porque s�o ind�cios. Tudo o que est� l� n�o tem condi��es m�nimas de ser provado", afirmou. Ele disse ter um "material farto probat�rio para desmascarar" a acusa��o. "Eu estou tranquilo, porque estou com a verdade, estou com a inoc�ncia. N�o tenho nada com o que me preocupar."
Sobre a possibilidade de perder o apoio na Casa caso se transforme em r�u, o peemedebista desconversou. "Eu n�o fui eleito pelos partidos da oposi��o e tampouco pelo PT. Ent�o quem vai fazer oposi��o a mim j� fez. Isso n�o me causa nenhum problema", respondeu. O presidente da Casa demonstrou despreocupa��o com uma poss�vel cassa��o e disse que terminar� o mandato "tranquilamente"